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A atriz e ativista Laverne Cox usou suas redes sociais para falar abertamente sobre seu relacionamento de quatro anos com um policial de Nova York que vota na linha política do movimento MAGA, apoiador de Donald Trump. A afirmação gerou reações diversas, incluindo críticas por parte do público, que questiona a compatibilidade de suas posições pessoais com sua militância pelos direitos trans.
Relacionamento e diferenças políticas
Durante uma publicação no Instagram, Cox revelou que conheceu seu ex-namorado na pandemia, há cinco anos. “Ele é um policial de Nova York, com cabelo loiro, olhos azuis e identificação com o movimento MAGA”, contou. Apesar das diferenças políticas, a atriz afirmou que eles eram profundamente apaixonados, e ela não desenvolveu suas visões políticas na relação. “Ele tinha suas opiniões, eu as minhas, e tentamos navegar as nossas diferenças com amor e respeito”, explicou.
“Foi uma relação de amor verdadeira, com qualidades humanas que admiro muito”, acrescentou Cox, destacando a atração física e emocional. Ela também brincou ao dizer que os detalhes mais íntimos poderiam ser revelados em seu próximo show, intitulado Gurrl How Did I Get Here?, programado para o City Winery de Nova York.
Reação às críticas e defesa
Medo de julgamento e posicionamento
Após as reações negativas, Cox retornou às redes para esclarecer seus sentimentos e postura. “Não esperava tanta reação, mas precisava falar a verdade,” declarou. “No meu show, vou explicar como consegui manter um relacionamento com alguém cuja política eu não compartilhava, e como tentei fazer isso com empatia.”
Ela também ressaltou que, na fase do relacionamento, o ex-namorado não conhecia sua história trans, nem seus posicionamentos políticos de forma detalhada. “Ele não sabia, e eu não quis trazer debates políticos para dentro da relação. Queríamos apenas nos conectar humanamente”, afirmou Ela, criticando a postura de quem tenta dehumanizar opiniões diferentes.
Contra a polarização e a televensão
Ao responder uma pessoa que disse que ela só tinha prazer pelo fato de o ex ser “bonito”, Cox rebateu. “Minha relação foi sobre amor, não superficialidade. É importante entender que pessoas com visões diferentes ainda podem se relacionar,” afirmou. Para ela, a polarização extrema só serve para dividir ainda mais os grupos sociais.
“O movimento fascista apoiado por algumas alas do MAGA é profundamente anti-trans e desumaniza pessoas como eu. Mas minha luta é pelo amor e pela compreensão, mesmo com divergências políticas,” continuou Cox, reforçando sua posição anti-fascista.
Contexto político e afirmações
Durante a conversa, Cox reforçou que nunca votou em Trump, que sempre foi uma pessoa independente até 2020, quando se filiou ao Partido Democrata para votar em Bernie Sanders. Ela também destacou que não compartilhou suas experiências trans com o ex-namorado no início, para preservar a liberdade e a harmonia da relação.
“Ele ficou chocado ao saber das tentativas de eliminação de direitos civis e de cuidados de saúde para transgêneros, mas isso não mudou meu sentimento por ele,” disse. Cox também explicou que o relacionamento acontecia antes do período mais crítico do governo Trump, durante o auge da pandemia.
Perspectivas futuras e reflexão
Ao finalizar, Cox manifestou sua esperança de que suas experiências possam ajudar a promover o diálogo e a compreensão. “Nosso país precisa aprender a conviver com as diferenças, com empatia, e sem julgar as pessoas com base em suas opiniões políticas,” concluiu.
O vídeo completo da entrevista, que dura quase 55 minutos, está disponível no Instagram da atriz, onde ela explica com mais detalhes os aprendizados e desafios de sua relação com alguém com ideias tão distintas.
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