O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta terça-feira (5) que o Brasil está prestes a possuir o melhor sistema tributário do mundo, ressaltando os exemplos do sistema bancário e eleitoral do país. A afirmação foi feita durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (Conselhão), com a participação de representantes do governo e da sociedade civil.
Avanços na regulamentação da reforma tributária
Após anos de debates, a reforma tributária foi aprovada pelo Congresso em dezembro do ano passado e sancionada em janeiro deste ano. A nova legislação traz mudanças essenciais, cuja regulamentação foi elaborada por 30 grupos de trabalho, envolvendo mais de 200 entidades do setor econômico.
Segundo Haddad, a colaboração dessas equipes foi fundamental para a implementação das mudanças via tecnologia da informação. “Foram 32 grupos de trabalho dedicados à operacionalização da reforma, que visa simplificar e aprimorar o sistema tributário brasileiro”, explicou.
Desafios internacionais e relações externas
Na sua fala, o ministro também abordou a interferência do governo dos Estados Unidos na política brasileira e no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele citou que, no mês passado, o ex-presidente Donald Trump anunciou tarifas de 50% sobre produtos importados do Brasil, em represália às ações legais contra Jair Bolsonaro, relacionado a tentativas de golpe de Estado.
Essas tarifas, na prática, inviabilizam a comercialização de diversos produtos brasileiros nos Estados Unidos, dificultando ainda mais as relações comerciais entre os países. Segundo Haddad, “essas medidas representam um boicote ao Brasil, que precisa fortalecer sua autonomia econômica”.
Parceiras estratégicas e apoio dos setores econômicos
O presidente da Fiesp, Josué Gomes, reforçou a necessidade de uma distribuição mais justa da carga tributária e destacou o papel do Brasil em estabelecer parcerias globais. “Devemos ampliar investimentos, inclusive de empresas norte-americanas que sempre confiaram no potencial do país”, afirmou.
Já Rafael Fonteles, do Piauí e representante do consórcio de governadores do Nordeste, enfatizou a importância de ações emergenciais para proteger empregos e estimular exportações diante das tarifas elevadas. “Precisamos de crédito para setores mais afetados e de compras governamentais que fomentem a economia local”, disse.
Ele sugeriu ainda que o Brasil reduza a dependência do mercado norte-americano, com atenção especial a produtores de frutas, pescado, açúcar e minérios do Nordeste. “Essa diversificação será fundamental para fortalecer nossa matriz econômica”, concluiu.
Para saber mais detalhes sobre a proposta do governo para o sistema tributário, acesse o link original.
