Brasil, 5 de agosto de 2025
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Governador de Goiás alerta para desobediência civil após prisão de Bolsonaro

Ronaldo Caiado destaca preocupações sobre decisões do STF e sua influência na democracia brasileira.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), fez declarações contundentes nesta terça-feira sobre a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele afirmou que essa situação “pode ser a gota d’água e o estopim” para um processo de desobediência civil, em razão de decisões monocráticas tomadas por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). As palavras de Caiado indicam um momento de tensão política e incerteza sobre a ordem pública no Brasil.

A crítica às decisões do STF

Em suas declarações, Caiado, que almeja uma candidatura presidencial em 2026, argumentou que as decisões do STF têm “ultrapassado os limites” do que seria adequado. Ele reforçou a necessidade de que a Suprema Corte passe a agir de forma mais coletiva, retornando ao que considera ser uma prática mais equilibrada nas deliberações. “Só estão fazendo aflorar o sentimento de enfrentamento e de mal-estar junto à população brasileira”, completou.

A posição de Caiado reflete uma crítica a como as decisões do STF podem impactar a estabilidade política e social do país. Ele se mostrou especialmente preocupado com o fato de as políticas judiciais estarem criando uma situação onde o respeito à democracia possa ser colocado em risco, evocando a necessidade de um diálogo mais amplo entre os poderes constituídos: Executivo, Legislativo e Judiciário.

A posição de Caiado sobre a tornozeleira eletrônica

O governador também se manifestou contra o uso de tornozeleira eletrônica por Bolsonaro, considerando a imposição algo “desrespeitoso”. Ele declarou que “não é cabível o cidadão que não foi condenado a não poder utilizar celular, não poder mais falar, não poder sair”. Essa manifestação evidencia uma preocupação com os direitos individuais e as práticas consideradas coercitivas em um Estado democrático.

Caiado continuou enfatizando a gravidade da situação atual, mencionando que as ações que estão sendo tomadas não contribuem com a construção da democracia, pelo contrário, elas podem instigar movimentos de desobediência civil. Ele concluiu que essa realidade precisa ser revisitada urgentemente, a fim de evitar que a situação se agrave ainda mais.

Iniciativas do Governo e obstrução no Congresso

Além de suas declarações sobre a situação de Bolsonaro e do STF, Caiado também esteve em São Paulo para o lançamento do Fundo Creditório do Estado de Goiás. O novo programa, que pretende oferecer até R$ 628 milhões em apoio a empresas exportadoras goianas, se mostra uma tentativa do governo de mitigar os impactos das tarifas americanas, especialmente em um contexto onde Goiás se encontra entre os estados mais afetados.

No entanto, o governador não se esquivou de abordar o cenário político em Brasília. Ele anunciou que o União Brasil decidiu iniciar um processo de obstrução das pautas do governo na Câmara dos Deputados e no Senado. Essa decisão, tomada após intensas conversas com colegas do partido e com a liderança, foi caracterizada como um posicionamento firme: “não podemos mais aceitar o que vem acontecendo”, disse ele.

A obstrução iniciará imediatamente e foi definida como uma medida necessária para expressar a insatisfação do partido com o andamento das pautas do governo do presidente Lula. Essa movimentação demonstra uma divisão crescente no cenário político e a possibilidade de uma resistência dentro do contexto governamental.

Reflexões sobre a democracia brasileira

As declarações de Ronaldo Caiado ressaltam a fragilidade do atual sistema político brasileiro e a preocupação com a manutenção da democracia. A tensão entre os poderes, as críticas à atuação do STF e as ações políticas inovadoras, como a obstrução no Congresso, evidenciam um momento crítico. É essencial que os líderes consigam criar um espaço para o diálogo e a negociação, evitando que o descontentamento popular evolua para um cenário de desobediência civil.

Assim, o que se observa é que a situação política em Goiás e no Brasil como um todo requer atenção redobrada, pois as consequências das decisões tomadas neste momento precisarão ser avaliadas a médio e longo prazo. A esperança é de que a democracia possa se fortalecer por meio de diálogos construtivos e respeito às instituições.

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