Brasil, 25 de agosto de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Eduardo Bolsonaro articula impeachment de Moraes para eleições de 2026

Deputado federal revelou planos do PL para 2026 visando enfraquecer atuação do ministro do STF.

Em uma declaração polêmica, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) confirmou que o Partido Liberal (PL) planeja lançar, nas eleições de 2026, candidatos ao Senado que estejam comprometidos com o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o deputado, essa articulação é essencial para enfraquecer Moraes, que ele considera uma figura perniciosa, mais prejudicial que o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o Partido dos Trabalhadores (PT).

A estratégia política do PL

Em uma entrevista concedida ao Metrópoles na coluna de Paulo Cappelli, Eduardo enfatizou que a atuação de Moraes tem gerado descontentamento em diversos setores do governo e da sociedade. Para o parlamentar, as decisões tomadas pelo ministro têm monopolizado o debate político, relegando Lula a um papel secundário.

“Não que Lula não seja perseguidor, porque ele dá suporte a esse regime, mas, neste momento, Lula é até um coadjuvante. Então, sim, uma primeira pauta é o impeachment de Alexandre de Moraes. Agora, é preciso que o candidato transmita ao eleitor essa confiança para receber esses votos e depois cumprir sua missão, caso tenhamos eleições normais ano que vem aqui no Brasil”, declarou.

As declarações de Eduardo Bolsonaro refletem uma estratégia do PL que visa unir as forças da direita conservadora em torno da figura de Moraes, considerado por muitos como um dos principais obstáculos à agenda política do partido. Essa organização não apenas garantiria candidaturas fortes em 2026, mas também tentaria deslegitimar a atual liderança do STF, fomentando um clima de polarização que já caracteriza a política brasileira.

As sanções propostas

Em relação a futuras sanções a ministros do STF, Eduardo Bolsonaro afirmou que elas podem ser adotadas caso a Primeira Turma do Supremo decida pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na investigação sobre uma suposta trama para anular as eleições de 2022. Eduardo alegou que as sanções devem ser proporcionais à conduta individual de cada ministro e não devem ser aplicadas de forma genérica por Moraes.

“Eu defendo que sejam aplicadas de acordo com a conduta individual de cada um dos ministros. Não pode agora Alexandre de Moraes sozinho, numa canetada, responsabilizar todos eles ao mesmo tempo. Temos que aguardar, dar o momento para que consigamos caminhar em direção a uma pacificação”, argumentou.

Quem são os ministros da Primeira Turma do STF?

  • Ministro Cristiano Zanin (Presidente)
  • Ministra Cármen Lúcia
  • Ministro Luiz Fux
  • Ministro Alexandre de Moraes
  • Ministro Flávio Dino

Implicações para o ex-presidente Bolsonaro

Eduardo Bolsonaro também abordou a recente decisão de Alexandre de Moraes que determinou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro em resposta a descumprimentos de medidas cautelares. Segundo ele, as ações do ministro seguem um “manual” que visa restringir as liberdades individuais e abafá-las no contexto político atual.

“Ele está seguindo um manual. Um ponto a ponto, tirando as liberdades de todo mundo. Eu lembro que quando o Bolsonaro ia dar uma entrevista para o Metrópoles e cancelou em cima da hora, ocorreu um debate para saber se ele poderia ou não dar entrevistas, porque a decisão do Moraes era muito confusa e ela é propositalmente confusa”, criticou o parlamentar.

Essas declarações de Eduardo Bolsonaro evidenciam não apenas um posicionamento político em relação a Moraes, mas também a situação delicada em que se encontra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que ainda enfrenta acusações e um clima de perseguição. A articulação para o impeachment de Moraes, conforme destacado por Eduardo, poderá moldar os rumos da política brasileira nos próximos anos, especialmente de olho nas próximas eleições.

Com essas iniciativas, o PL busca consolidar sua posição diante de um adversário considerado determinante na atual composição política do país, intensificando ainda mais o já conturbado debate sobre a autonomia do Judiciário versus a atuação dos políticos. Neste cenário polarizado, a construção de narrativas e alianças será vital para o sucesso do partido nas próximas eleições.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes