O resultado do comércio exterior dos Estados Unidos em junho surpreendeu positivamente os analistas, registrando uma redução no déficit comercial, que ficou abaixo do esperado. Segundo o consenso divulgado pela MarketWatch, a expectativa era de um déficit de US$ 61 bilhões (aproximadamente R$ 332,8 bilhões), mas o dado oficial mostrou um avanço nessa previsão.
Diminuição das importações impulsiona a redução do déficit
A importante diminuição das importações, de 3,7%, foi responsável quase que integralmente pela redução do déficit comercial. Os bens mais afetados incluíram produtos farmacêuticos, setor automotivo e petróleo, devido a tarifas ou ameaças tarifárias que elevaram os custos de produção, além de impactos na cadeia de abastecimento.
Exportações também apresentaram queda, embora menor
As exportações americanas recuaram 0,5%, impactadas principalmente pelo ouro e outros metais preciosos, porém os setores de maquinário e aeronaves civis registraram crescimento, o que ajudou a equilibrar parcialmente o saldo comercial.
Índice de comércio com a China mostra desaceleração
Na análise por regiões, o déficit com a China diminuiu US$ 4,6 bilhões, atingindo US$ 9,4 bilhões em junho. Isso indica uma desaceleração no comércio entre as duas maiores economias do mundo. Em abril, Washington e Pequim adotaram tarifas progressivas, atingindo os três dígitos em alguns setores, dificultando as cadeias produtivas. Contudo, em maio, representantes das duas nações chegaram a um acordo temporário para reduzir essas tarifas até 12 de agosto, promovendo uma melhora pontual nas trocas comerciais.
Segundo o artigo publicado pelo O Globo, essa tendência de queda no déficit sugere sinais de desaceleração do comércio internacional dos EUA, influenciada por questões tarifárias e quotas de mercado.
