Brasil, 8 de agosto de 2025
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Caiado critica postura de Lula diante de tarifa de 50% nos EUA

Governador de Goiás, Ronaldo Caiado, avalia que atitudes provocativas de Lula prejudicam negociações com os Estados Unidos e defende diálogo

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), criticou nesta terça-feira, em São Paulo, a postura do governo federal em relação à tarifa de 50% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra produtos brasileiros, que entra em vigor nesta quarta-feira. Caiado, pré-candidato ao Palácio do Planalto, afirmou que ações provocativas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dificultam as negociações com os americanos e considerou a confrontação uma “balela”.

Críticas às estratégias de confrontação

“Com essas atitudes provocativas, ele faz questão de reafirmar uma postura de confrontar os americanos, sem ter nenhuma credencial para isso, pois não fala em nome da maioria do povo brasileiro”, declarou o governador. Segundo Caiado, o objetivo deve ser a pacificação e a ampliação das oportunidades de mercado, não a restrição de exportações. “Sempre fui contra o tarifaço, mas a solução não é essa balela de ficar querendo confrontar os EUA, e sim buscar o diálogo para atingir um equilíbrio e retomar o valor anterior de 10%, como foi definido inicialmente, ao invés dos 40% atuais”, afirmou.

Medidas de apoio às empresas goianas

Nesta terça-feira, Goiás lançou, na capital paulista, o Fundo Creditório do Estado de Goiás, programa de crédito que prevê até R$ 628 milhões em suporte às empresas exportadoras impactadas pela tarifa americana. O estado é um dos mais afetados pela medida.

Prioridades e estrutura do fundo

O fundo dará prioridade a setores estratégicos como linhas de transmissão de energia, data centers, biogás e biometano. De um total de R$ 628 milhões, R$ 314 milhões virão de créditos de Imposto sobre Circulação de Bens e Serviços (ICMS), enquanto outros R$ 314 milhões serão aportes de instituições financeiras interessadas. A taxa de juros média será de 10% ao ano.

Pacote de medidas contra os efeitos econômicos

O Fundo Creditório faz parte de um conjunto de ações anunciadas por Caiado em julho, para mitigar os impactos da tarifa americana. Entre as iniciativas estão o Fundo de Equalização para o Empreendedor (Fundeq), ligado à Goiás Fomento, voltado inicialmente a pequenas e médias empresas, ampliado por causa da crise com os EUA, e o Fundo de Estabilização Econômica, uma reserva que soma R$ 4 bilhões, destinados a enfrentar momentos de instabilidade econômica.

Sistema de créditos de ICMS

O governo propõe aproveitar créditos de ICMS depositados em contas vinculadas à Secretaria da Fazenda, que atualmente só poderiam ser sacados a partir de 2032. A intenção é possibilitar a comercialização desses créditos, que não são corrigidos, a empresas interessadas em utilizá-los imediatamente.

Perspectivas para o desenvolvimento econômico

“É um dinheiro que perde valor ao longo do tempo. A ideia é usar o crédito para impulsionar áreas que desenvolvem o estado, sem transferência de recursos públicos”, explicou Caiado. Empresas exportadoras que tomarem empréstimos usando esses créditos terão acesso a condições mais favoráveis, com juros mais baixos, mesmo que não tenham ICMS a recuperar.

Segundo o secretário-geral do governo, Adriano Rocha Lima, Goiás já possui R$ 4 bilhões depositados no fundo de estabilização, o equivalente a 1,2% do PIB estadual, destinados à resistência frente a choques econômicos.

Para mais detalhes, confira a matéria completa no site O Globo.

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