Ao longo dos anos, diversas celebridades pensaram que tinham um impacto maior do que realmente possuem na cultura, na indústria ou na sociedade. Entre elas, Farrah Abraham, ex-Teen Mom, afirmou em 2016 que superava Kim Kardashian em reconhecimento, o que gerou várias críticas e risos. “Acho que estou indo muito bem, e, se não, melhor”, declarou ela em entrevista ao Nik Richie Podcast, demonstrando uma autoconfiança talvez excessiva.
Discurso de superioridade e arrogância
O diretor Lars von Trier, conhecido por suas declarações polêmicas, chegou a dizer que era “o melhor diretor do mundo” após uma recepção polarizada de seu filme Antichrist. Afirmou ainda que todos os outros cineastas eram superestimados, criando uma reverberação de ego desmedido. Suas declarações geraram debates sobre sua personalidade e autocentrismo.
Outro exemplo clássico é Tom Cruise, que afirmou publicamente que a Cientologia era responsável por sua influência na sociedade. Na divulgação de um vídeo de 2004, afirmou que o grupo “tem autoridade para tirar pessoas das drogas e melhorar condições possíveis”. As declarações, consideradas bizarras, foram vazadas em 2008, alimentando a percepção de uma personalidade profundamente convencida de seu poder.
Autoconfiança exagerada e delusões públicas
Celebrando a própria notoriedade
O caso do álbum Songs of Innocence do U2 mostrou como o ego pode passar dos limites. Bono pediu desculpas após a banda fazer o download automático do disco em milhões de dispositivos Apple, sem consentimento prévio — uma estratégia que gerou zombarias. “A gente se empolgou, um pouco de megalomania, uma pitada de generosidade, e o medo de que nossas músicas não fossem ouvidas”, declarou Bono em entrevista à Forbes.
Kanye West, que sempre manifestou uma visão grandiosa de si mesmo, declarou em 2013 ser “o artista mais impactante da nossa geração” e “Shakespeare na carne”. Em 2016, áudio de sua apresentação no SNL revelou que se via mais influente que Kubrick, Picasso e até o apóstolo Paulo. Resultados que demonstram uma percepção inflada de sua importância artística e cultural.
Jay-Z também não fica atrás ao se autodenominar “J-Hova”, uma referência a Jeová, devido à origem do seu apelido de uma brincadeira com um amigo. Ele defendeu sua influência afirmando que sua presença na sociedade funciona como uma forma de caridade, comparando-se ao impacto de Barack Obama, o que soa mais como uma autoglorificação.
Origens de autoengano e exageros
Jojo Siwa, que tentou criar um novo gênero musical chamado “gay pop”, sofreu críticas por sua autoconfiança, já que o gênero existe há anos. Zara Larsson, por sua vez, anunciou que sua maior esperança era dominar o mundo, com direito a uma turnê mundial e um helicóptero — uma busca por fama que ela mesma disse ser uma forma de prisão.
No mundo da música, Jason Derulo chegou a afirmar que criou o TikTok como é hoje, acreditando que sua inovação mudou a plataforma, quando ela já existia bem antes da sua influência surgir, mostrando uma tendência ao delírio de grandeza.
Celebridades em posições de auto-glorificação
Chris Pratt, ao lidar com críticas por sua fé, chegou a comparar-se a Jesus, justificando que as críticas eram algo antigo, como na Bíblia. Donald Glover também comparou-se a Jesus, alegando que foi “escolhido” e que luta contra a descrença dos outros. Casos que evidenciam a tendência de alguns a se colocarem em patamares quase divinos.
Entre os exemplos de exageros, Amy Schumer afirmou ser “a comediante feminina mais bem-sucedida de todos os tempos”, o que gerou forte reação de fãs e críticos, apontando sua trajetória vitoriosa, porém com um pouco de receio de tal soberba.
Delírios de grandeza de políticos e figuras públicas
Donald Trump, famoso por suas afirmações polêmicas, atribuiu à sua participação no filme Home Alone 2 um papel decisivo em seu sucesso comercial. Além disso, falou em um programa de televisão que o prédio que você tinha de mais alto em Manhattan era seu, mesmo após a construção das Torres Gêmeas. Trump também alegou que poderia ter salvo a princesa Diana, explícita e absurdamente, ao afirmar que conhecia bem o túnel de Paris onde ela morreu.
Mark Wahlberg, por sua vez, afirmou que, se estivesse no avião no dia 11 de setembro com seus filhos, ele teria evitado o desastre de uma maneira bastante violenta. Sean Penn prometeu acabar com os responsáveis pelos ataques, prometendo “matar todo mundo”. Essas declarações dramáticas revelam um delírio de grandeza e protagonismo, muitas vezes sem sentido.
Celebridades que se imaginam acima da média
Enquanto celebs como Simone Biles e Kendall Jenner reconhecem que a fama pode ser uma prisão, outros demonstram uma soberba completamente desproporcional. Ariana Grande, por exemplo, declarou ser “a pessoa mais trabalhadora do mundo” aos 23 anos, mesmo a maioria da população enfrentando jornadas mais difíceis em trabalhos precários. Meghan Markle chegou a afirmar que o casamento real fez as pessoas na África “celebrarem a mesma alegria que tiveram ao libertar Nelson Mandela”, uma afirmação contestada por um cast member sul-africano.
Ben Affleck, ao falar de Jennifer Lopez, afirmou que ela era “a maior performer de todos os tempos”, uma declaração que, ainda que louvável, beira a exagero, considerando críticas ao seu uso de playback e outras questões técnicas.
Celebridades que se veem como inovadoras ou influentes
Debby Ryan disse que uma personagem de seu programa iria fazer história por uma aparente inovação: um casamento na TV, embora ela mesma não tenha se casado na ficção. Patrick J. Adams afirmou que sua série Suits foi a precursora de Succession, uma comparação que demonstra uma visão bastante inflada de seu próprio sucesso.
Jeremy Renner, por fim, decidiu criar seu próprio aplicativo, acreditando que tinha revolucionado a plataforma, apenas para ser rapidamente ridicularizado por trolls após uma recepção negativa.
Esses exemplos ilustram como algumas estrelas, por um momento, superestimaram sua importância, impactando sua imagem e a percepção do público. Essas histórias nos lembram que, por mais sucesso que uma celebridade alcance, o reconhecimento muitas vezes é mais frágil do que parece.