A “regra de três” na morte de celebridades é uma crença popular que sugere que figuras famosas tendem a morrer em grupos de três. Apesar de não haver respaldo científico para esse fenômeno, essa ideia persiste na cultura pop, alimentada pelo padrão humano de identificar relações e coincidências. A seguir, apresentamos onze exemplos marcantes de mortes que reforçam essa ideia, muitas delas carregadas de tragédia e simbolismo.
Casos recentes que reforçam o “regra de três”
Julho de 2025: Warner, Osbourne e Hulk Hogan
Malcolm-Jamal Warner, conhecido por “The Cosby Show”, morreu afogando-se em Costa Rica, aos 54 anos, após ser pego por uma forte correnteza no mar, em 20 de julho. Dois dias depois, Ozzy Osbourne, ícone do rock, falecia aos 76 anos em sua residência na Inglaterra, devido a complicações de Parkinson — doença que enfrentava desde 2003. A sequência trágica se completou em 24 de julho, com a morte de Hulk Hogan, aos 71 anos, de parada cardíaca na Flórida. Segundo relatos, apesar de tentativas de reanimação, o paramédico não conseguiu salvá-lo.
Junho de 2009: McMahon, Fawcett e Michael Jackson
Em 2009, uma trinca fatídica marcou o mês: Ed McMahon, parceiro de Johnny Carson, morreu aos 86, por complicações de saúde, incluindo câncer nos ossos; Farrah Fawcett, ícone dos anos 70, faleceu aos 62, vítima de câncer anal, em Santa Mônica. No mesmo dia, 25 de junho, Michael Jackson, o “Rei do Pop”, morreu aos 50 anos, de parada cardíaca decorrente de overdose acidental de propofol, administrado por seu médico. Essa coincidência reforçou a teoria popular, mesmo sem relação entre as mortes.
Setembro de 1997: Versace, Diana e Madre Teresa
O verão de 1997 foi marcado por mortes emblemáticas. Gianni Versace foi assassinado a tiros em Miami, aos 50 anos, por Andrew Cunanan, num crime que chocou o mundo. Um mês depois, a princesa Diana morreu tragicavelmente em um acidente de carro em Paris, aos 36 anos, perseguida por paparazzi. Em setembro, Madre Teresa, símbolo de caridade, faleceu aos 87, de insuficiência cardíaca. Esses eventos, ocorridos em rápida sequência, alimentaram a sensação de uma “maldição” de três.
Casos históricos que reforçam a percepção
Dezembro de 2016: George Michael, Carrie Fisher e Debbie Reynolds
Na última semana de 2016, o mundo perdeu três figuras queridas. George Michael, aos 53 anos, faleceu em sono natural por insuficiência cardíaca. Dois dias depois, Carrie Fisher sofreu um ataque cardíaco durante voo e morreu aos 60. Logo após, sua mãe, Debbie Reynolds, vítima de um AVC devido a um aneurisma cerebral, faleceu aos 84. A sequência de perdas reforçou a sensação de uma “maldição” natalina na cultura popular.
Janeiro de 2016: Bowie, Rickman e Frey
Iniciando o ano, estrelas como David Bowie, Alan Rickman e Glenn Frey partiram entre os dias 10 e 18 de janeiro, respectivamente. Bowie, aos 69 anos, de câncer de fígado; Rickman, também aos 69, de câncer de pâncreas; e Frey, aos 67, por complicações relacionadas à artrite e pneumonia. Essa sucessão de perdas momentaneamente reforçou a ideia de uma ligação quase mística entre essas mortes.
Abril a junho de 2016: Prince, Muhammad Ali e Anton Yelchin
Outro período trágico foi entre abril e junho, com a morte de Prince aos 57 por overdose de fentanyl, Muhammad Ali aos 74 por sepse devido ao Parkinson e Yelchin aos 27, em acidente com seu carro. Essas mortes, cada uma de uma causa diferente, simbolizaram o caos emocional do período.
Por que essa crença persiste?
Apesar de não haver fundamentação científica, a ideia de que celebridades morrem em grupos de três é alimentada pela nossa tendência de buscar padrões, especialmente em momentos de choque. Essa busca por conexões cria uma narrativa que torna a coincidência mais dramática e marcante na memória coletiva. Precisamente por isso, muitas pessoas percebem uma relação, mesmo ela não existindo de fato.
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Reflexões finais
A “regra de três” na morte de celebridades é uma ilusão criada pelo acaso e pela nossa mente. Ainda assim, os exemplos mencionados permanecem na memória coletiva, reforçando a percepção de que há algo além da mera coincidência. Contudo, compreender a psicologia por trás dessa crença ajuda a enxergar além das coincidências e apreciar os eventos sob uma perspectiva mais racional e menos supersticiosa.