Brasil, 13 de agosto de 2025
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Vice-prefeita de Ribeira é denunciada por uso indevido de verba pública

Vice-prefeita de Ribeira foi afastada após denúncia de desvio de R$ 41,2 mil para ritual de amarração amorosa.

A vice-prefeita de Ribeira, Juliana Maria Teixeira da Costa, enfrenta sérios problemas legais após denúncias de uso inadequado de verbas públicas. O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) conseguiu na Justiça o afastamento imediato de Juliana de seus cargos, em meio a investigações sobre a contratação de uma mãe de santo para a realização de um ritual de amarração amorosa.

Denúncia e afastamento

Juliana, que também ocupa a função de secretária municipal da Saúde, foi denunciada junto com outras duas pessoas, incluindo o coordenador municipal de Saúde, Lauro Olegário da Silva Filho, e o proprietário da empresa W.F. Da Silva Treinamentos, Willian Felipe da Silva. De acordo com a promotoria, a vice-prefeita teria desviado a quantia de R$ 41,2 mil dos cofres públicos, com a intenção de estabelecer uma relação amorosa com Lauro, afastando-o de sua esposa.

A denúncia alega que Juliana utilizou dinheiro do Fundo Municipal de Saúde para pagar pela suposta amarração amorosa, um comportamento que o MP-SP considera como peculato e associação criminosa. O juiz responsável pelo caso, Yuri Rodrigues Santos Santana Barberino, acolheu o pedido do MP-SP e, além do afastamento de Juliana, suspendeu as funções de Lauro e sua participação na Prefeitura de Ribeira.

Restrições e medidas cautelares

As medidas cautelares impostas pela Justiça incluem a proibição dos denunciados de acessar a Prefeitura e suas dependências, bem como o contato com testemunhas do caso. Além disso, foi determinada a obrigação de notificar a Justiça sobre qualquer mudança de endereço ou ausência prolongada na comarca, sob pena de prisão preventiva.

A decisão foi divulgada no dia 4 de agosto e reflete a gravidade das acusações. O g1 tentou entrar em contato com os envolvidos e a Prefeitura de Ribeira, mas até o momento da publicação deste artigo, não obteve resposta.

Quem é Juliana Maria Teixeira da Costa?

Nascida em 3 de fevereiro de 1983 em Jaguariaíva, no Paraná, Juliana compõe a história política de Ribeira como a primeira mulher a ser eleita vice-prefeita da cidade. Filiada ao MDB, ela foi um importante apoio na chapa do atual prefeito, Ari do Carmo Santos, que venceu as eleições com 45% dos votos válidos.

Juliana é formada em Assistência Social, mãe de dois filhos e, antes de sua atual função, atuou como secretária de Saúde e chefe de Gabinete no governo anterior. Em suas redes sociais, ela frequentemente compartilha sua trajetória política, que tem influência da família no Vale do Ribeira.

Entenda o caso

A denúncia do MP-SP alega que os envolvidos fraudaram processos licitatórios para favorecer a empresa de Willian Felipe da Silva. Os materiais que compõem a denúncia indicam a utilização de notas fiscais falsas para justificar o desvio de verba. A acusação de “casamento espiritual” feito por Juliana aponta para a busca de um relacionamento amoroso com Lauro, utilizando recursos públicos de forma indevida.

Os documentos apresentados pelo promotor Renan Mendes Rodríguez indicam que o pagamento à mãe de santo foi realizado de forma rápida, apenas 12 minutos após a emissão da nota fiscal. Além disso, constam supostas ligações com uma “Mentora Samantha”, que confirmaria a contratação para o ritual.

Como forma de reparação, o MP-SP está solicitando o ressarcimento dos R$ 41,2 mil aos cofres públicos, em conformidade com o artigo 387 do Código de Processo Penal.

Sobre Ribeira

Ribeira é o menor município do Vale do Ribeira, com uma população estimada em 3.132 habitantes, segundo o Censo 2022 do IBGE. A cidade enfrenta desafios significativos de infraestrutura e transporte, o que impacta diretamente na vida de seus residentes, a maioria dos quais reside na zona rural.

A investigadora procura garantir que os recursos públicos sejam utilizados de maneira responsável e para o benefício da população, um princípio que, aparentemente, foi ignorado pelos denunciados. O caso de Juliana e seus cúmplices levanta questões sérias sobre a ética na administração pública e o uso consciente do dinheiro do contribuinte.

Conforme o desdobramento da investigação, a população e a justiça aguardam desfechos que reestabeleçam a confiança nas autoridades locais e garantam a responsabilidade na gestão dos recursos públicos.

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