O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta domingo (3) que as novas tarifas comerciais impostas ao Brasil entrarão em vigor na próxima quarta-feira, dia 6 de agosto. O aumento faz parte de uma ampla revisão das tarifas recíprocas que o país vem aplicando a diversas nações desde a assinatura de uma ordem executiva na semana passada.
Novas tarifas e impacto para o Brasil
De acordo com a Casa Branca, o Brasil será o país mais afetado pelas mudanças, com uma tarifa de 50% para produtos importados. Essa medida foi tomada em resposta a ações brasileiras consideradas uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA”.
As tarifas gerais agora variam de 10% a 41%, dependendo do país, com a entrada em vigor prevista para o dia 7 de agosto. Países como a Síria (41%) e Laos e Mianmar (ambos com 40%) também terão suas tarifas elevadas, enquanto Reino Unido e Ilhas Malvinas manterão uma alíquota de 10%.
Possíveis dividendos para o povo americano
Antes de embarcar em seu avião oficial, Trump afirmou que alguns cidadãos norte-americanos poderão receber uma espécie de “dividendo” ou distribuição de dinheiro decorrente dessas tarifas. “Pode haver uma distribuição ou um dividendo para o povo de nosso país, para as pessoas de renda média e baixa, poderíamos fazer um dividendo”, declarou o presidente. Segundo ele, essa medida visa compensar os efeitos econômicos das tarifas.
Motivação oficial e justificativas
A justificativa oficial para o aumento tarifário é que as ações do Brasil, assim como de outros países alvo das mudanças, representam uma ameaça à segurança e à economia americanas, além de prejudicar empresas domésticas e a política de liberdade de expressão, conforme divulgado pela Casa Branca. A medida oficializa uma proposta que já havia sido mencionada por Trump em uma carta enviada ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste mês.
Repercussões e expectativas
Especialistas alertam para o impacto dessas tarifas no comércio bilateral e nas relações internacionais. O aumento de tarifas de 50% no Brasil deve gerar aumento no custo de importação de produtos brasileiros nos Estados Unidos, potencialmente afetando setores como agricultura, indústria e tecnologia. Analistas também esperam uma escalada na tensão comercial entre os dois países nos próximos meses.
O governo brasileiro ainda avalia as medidas e suas possíveis respostas, buscando minimizar os efeitos sobre sua economia e comércio exterior. A assinatura da ordem executiva marca um novo capítulo na disputa comercial global, em um momento de crescente protecionismo mundial.
