Brasil, 7 de agosto de 2025
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Tarcísio de Freitas defende Bolsonaro e gera reações controversas

O governador de São Paulo se posicionou em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas não atacou Alexandre de Moraes, gerando insatisfação entre aliados.

Na noite de segunda-feira (4/8), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), destacou-se ao defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em meio a críticas e tensões políticas. O posicionamento de Tarcísio aconteceu horas após a determinação de prisão domiciliar do ex-chefe, emitida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Esse cenário levou alguns aliados de Bolsonaro a expressar descontentamento sobre a falta de uma crítica direta ao magistrado por parte do governador.

A repercussão da defesa

Dentre os que manifestaram insatisfação, o pastor evangélico Silas Malafaia foi um dos mais incisivos. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Malafaia lamentou a omissão de Tarcísio em criticar Moraes, dizendo: “Agora acaba de soltar há cinco minutos um vídeo Tarcísio. Ele não faz uma crítica direta a Alexandre de Moraes”. Essa declaração enfatiza a pressão que o governador enfrenta para se posicionar mais fortemente a favor de Bolsonaro e contra seus adversários no Judiciário.

No vídeo postado por Tarcísio no X (antigo Twitter), o governador afirmou: “A prisão de Jair Bolsonaro é um absurdo. A verdade é que Bolsonaro foi julgado e condenado muito antes de tudo isso começar. Uma tentativa de golpe que não aconteceu, um crime que não existiu e acusações que ninguém consegue provar. Vale a pena acabar com a democracia sob o pretexto de salvá-la?”. Com essas palavras, Tarcísio expressou claramente sua defesa ao ex-presidente, embora tenha evitado fazer menção direta a Moraes.

O contexto político e as manifestações

O clima de insatisfação já estava latente antes mesmo da recente prisão domiciliar. Durante uma manifestação no dia anterior, Malafaia criticou a ausência de Tarcísio, que justificou sua ausência por um procedimento cirúrgico. Além disso, outros governadores, como Ronaldo Caiado (União-GO) e Ratinho Júnior (PSD-PR), também não compareceram ao evento, levando Malafaia a declarar: “Cadê aqueles que dizem ser a opção no lugar de Bolsonaro? Onde estão? Deveriam estar aqui. Fica provado, que até aqui Bolsonaro é insubstituível”. Essa declaração destaca a importância que Malafaia dá à presença dos líderes de direita em momentos de crise, assim como sua percepção de que a ausência deles reflete uma falta de apelo junto à base bolsonarista.

Desafios para Tarcísio de Freitas

Tarcísio, por sua vez, possui um histórico de ligação política com Bolsonaro, uma vez que atuou como ministro da Infraestrutura durante o governo do ex-presidente. Atualmente, muitos veem nele uma potencial candidatura nas eleições presidenciais de 2026. No entanto, até o momento, ele não se manifestou publicamente sobre suas intenções de participar dessa corrida eleitoral. A expectativa é de que ele utilize essa visibilidade e apoio para galgar posições cada vez mais proeminentes dentro do cenário político brasileiro.

A situação entre Tarcísio, Bolsonaro e Moraes ilustra os desafios enfrentados por líderes da direita brasileira, especialmente em um ambiente político cada vez mais polarizado. A falta de uma crítica mais firme a Moraes pode ser vista como uma tentativa de Tarcísio de equilibrar sua postura frente a diferentes setores da sociedade e evitar um confronto direto que poderia lhe custar apoio.

À medida que o cenário político continua a evoluir, acompanhar o posicionamento de Tarcísio de Freitas se torna crucial para entendermos a dinâmica de aliança e oposição que compõe o atual contexto do Brasil.

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