Brasil, 8 de dezembro de 2025
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Senador Marcos do Val é obrigado a usar tornozeleira eletrônica

Senador foi levado pela PF após descumprir medidas cautelares do STF e está sendo investigado por ataques a delegados da PF.

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) teve um dia tumultuado nesta quarta-feira, 4 de outubro, ao ser conduzido pela Polícia Federal (PF) para instalar uma tornozeleira eletrônica, em cumprimento à ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Esta ação ocorreu logo após seu desembarque no aeroporto de Brasília, proveniente de uma viagem à Flórida, nos Estados Unidos.

A repressão às viagens internacionais

Conforme a decisão de Moraes, além da instalação do dispositivo de monitoramento, o passaporte diplomático do senador foi apreendido, visto que o parlamentar havia violado medidas cautelares previamente impostas. A ordem inicial exigia que Do Val entregasse todos os seus passaportes, para restringir sua saída do Brasil. O ministro justificou a ação, destacando que o senador desrespeitou essas medidas, levando à necessidade de reforçar a vigilância sobre suas atividades.

Outras restrições e investigações em andamento

Recentemente, Marcos do Val também recebeu a proibição de deixar sua residência à noite e a restrição de usar redes sociais, além do bloqueio de suas contas bancárias. Todas essas medidas foram tomadas em resposta a investigações que apuram sua suposta participação em campanhas de ataques coordenados nas redes sociais contra delegados da PF envolvidos em investigações que afetavam apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Adicionalmente, ele é suspeito de ter arquitetado um plano para tentar anular os resultados das eleições de 2022.

Viagem irregular e pedido de autorização negado

Em julho, antes de abandonar o país, o senador havia solicitado autorização ao STF para viajar, mas seu pedido foi negado. O desvio de seus planos gerou questionamentos sobre como ele conseguiu deixar o Brasil, mesmo com a ordem de apreensão do passaporte. A PF, que havia conduzido buscas em endereços de Do Val em Brasília e em Vitória, capital do Espírito Santo, não conseguiu apreender os passaportes antes de sua viagem.

Em defesa de sua conduta, o senador emitiu uma nota onde repudia a “narrativa de descumprimento de medida cautelar” e afirma que “em nenhum momento esteve proibido de se ausentar do país, tampouco houve risco de fuga”.

O contexto das investigações

A investigação em torno de Marcos do Val é parte de um contexto mais amplo de apuração de tentativas de desestabilização das instituições democráticas brasileiras, principalmente após as eleições de 2022. A ligação do senador com movimentos organizados que planejam ações contra a ordem pública levanta preocupações em relação à sua atuação política e às suas alianças. O uso de tornozeleiras eletrônicas tem se tornado uma prática comum entre figuras públicas que enfrentam investigações, servindo como um mecanismo de controle e supervisão enquanto as apurações estão em andamento.

A presença de dispositivos de monitoramento é uma medida preventiva que visa a supervisão de pessoas com comportamento considerado arriscado para a ordem pública. O caso de Marcos do Val é emblemático e demonstra a rigidez com que as autoridades têm lidado com situações que ameaçam a integridade das instituições e a estabilidade da democracia no Brasil.

Próximos passos e futuro político de do Val

Com a instalação da tornozeleira eletrônica e as diversas restrições impostas, o futuro político de Marcos do Val se apresenta incerto. A condição em que se encontra, acentuada pela deterioração de sua imagem pública e pelas investigações em curso, poderá influenciar seu papel dentro do Senado e suas perspectivas de reeleição nas próximas eleições. A sociedade brasileira e os mecanismos políticos estarão atentos ao desenrolar dessa situação, que pode ter implicações significativas para a política nacional.

Conforme a situação avança, novas informações podem surgir, e os eleitores acompanharão de perto como o senador lidará com os desafios que enfrenta. A vigilância contínua e as providências tomadas pelo STF devem ser observadas como um indicativo da postura firme contra abusos de poder em contextos políticos e sociais delicados.

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