Brasil, 7 de agosto de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Papa Leo XIV lamenta naufrágio de migrantes no Iêmen

Papa Leo XIV expressou profundo pesar pelo afundamento de embarcação com pelo menos 76 mortos, vítimas da rota considerada uma das mais mortais do mundo

O Papa Leo XIV manifestou sua “profunda tristeza” pelo naufrágio de uma embarcação no Golfo de Aden, que resultou na morte de ao menos 76 migrantes, na maioria etíopes, a caminho da Arábia Saudita. A tragédia ocorreu no dia 3 de agosto, no mar conhecido como “a rota da morte”, uma das mais perigosas do mundo para migrantes que buscam oportunidades no Oriente Médio.

Mensagem de solidariedade e esperança

Por meio de um telegrama assinado pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, o pontífice confiou as vítimas “à misericórdia amorosa de Deus Todo-Poderoso” e pediu “força divina, consolo e esperança” para os sobreviventes, equipes de emergência e demais atingidos pela tragédia. A mensagem foi enviada ao núncio apostólico no Iêmen, arcebispo Christophe Zakhia El-Kassis.

Contexto da tragédia no Golfo de Aden

De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), essa rota é uma das mais mortais do planeta, usada por traficantes para transportar migrantes, especialmente de países como Etiópia e Somália, rumo aos países do Golfo, particularmente a Arábia Saudita. Apesar das condições extremas e do conflito há mais de uma década no Iêmen — país mais pobre da Península Arábica — milhares continuam a arriscar suas vidas nessa via, que, em 2024, já registrou ao menos 558 mortes, incluindo afogamentos, segundo dados da OIM.

“Muitas tragédias não são reportadas devido à falta de controle e monitoramento nas zonas de conflito”, alerta a organização. Além do risco de afogamento, os migrantes enfrentam exploração, violência sexual, trabalho forçado e tortura, frequentemente por redes criminosas que operam nesses trajetos.

Resistência e risco na rota perigosa

Apesar dos perigos, a rota pelo Golfo de Aden permanece uma das principais vias de tráfico humano, principalmente de pessoas que buscam escapar da pobreza e da violência em seus países de origem. As condições de travessia, somadas à insegurança e ao combate, expõem esses indivíduos a riscos constantes, como destacam especialistas em migração.

Compromisso da Igreja com os migrantes

O gesto do Papa Leo XIV reflete a preocupação da Igreja Católica com a situação dos migrantes vulneráveis. “A misericórdia de Deus acolhe a todos, especialmente aqueles que se encontram nas situações mais desesperadoras”, reforça a mensagem papal, que também pede orações pelas vítimas e pelos sobreviventes dessa triste realidade.

Mais detalhes sobre as ações do Vaticano e o acompanhamento das tragédias podem ser encontrados na matéria original publicada pela ACI Prensa.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes