Brasil, 4 de agosto de 2025
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Lula busca reorganizar base aliada e evitar novas crises

No cenário político brasileiro, Lula tenta fortalecer sua base no Congresso após tensões recentes.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se vê num momento crucial onde isolar-se de novas crises e restabelecer alianças com verdes os partidos da base governista tornou-se uma prioridade. A recente queda na popularidade do governo levou Lula a agir, buscando fortalecer sua relação com o Congresso Nacional, especialmente após a controversa decisão sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que resultou em um descontentamento generalizado entre os parlamentares.

Tensões políticas e a queda de popularidade

No final de junho, líderes senadores e deputados contrariaram a proposta do governo, que visava aumentar o IOF, em uma votação que lembrou os antigos tempos do governo Fernando Collor. Após essa derrota, Lula percebeu que manter a harmonia entre o Executivo e o Legislativo é crucial para a estabilidade de seu mandato, principalmente com a volta dos trabalhos no Congresso prevista para essa semana.

O que Lula deseja é utilizar este momento de “alívio” — proporcionado por um leve aumento em sua popularidade após as sanções de Donald Trump que impactaram negativamente alguns adversários políticos — para renegociar e fortalecer sua base governista. Nos últimos dias, o presidente realizou reuniões intensivas com ministros do partido União Brasil e líderes do MDB, com o objetivo de alinhar as estratégias e definir rumos para a administração.

Fortalecimento de alianças

Em seus encontros, Lula não apenas enfatizou a importância de um discurso unificado e de se distanciar de críticas públicas fracas, mas também manifestou insatisfação com lideranças que colocam a culpa pelas falhas do governo sob sua responsabilidade. Um exemplo notório foi a fala do presidente do União Brasil, Antonio Rueda, que questionou a posição de Lula frente à moeda global durante a Cúpula dos BRICS. Segundo relatos, as conversas com o MDB foram mais brandas, focando em criar uma estratégia que melhore a vida do governo no Congresso.

Os desafios internos

Um dos maiores desafios que Lula enfrenta é a necessidade de restaurar relações com o Centrão, diversos partidos e parlamentares que historicamente exerceram pressão sobre o governo, e com os quais a comunicação se deteriorou após a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o IOF. Entre as demandas discutidas, a necessidade de previsibilidade em pagamentos de emendas se destacou como um ponto sensível, que, segundo participantes, é a principal queixa dos parlamentares em relação ao governo.

A recuperação da confiança

Lula é consciente que a recuperação da confiança com sua base aliada não será um esforço imediato. Ele sabe da importância do engajamento dos ministros e liderança para evitar que o cenário se torne hostil e propenso a novas crises, como a que viu em torno do IOF. O presidente também mencionou que conversas e reuniões com outros partidos da base, como o PSD, devem ocorrer nas próximas semanas com o intuito de garantir que não haja perda de suporte nas principais votações que se avizinham.

Enquanto isso, o clima no Congresso permanece delicado. A partir de agora, será essencial que Lula use sua habilidade política para vincular os interesses de seus aliados com os objetivos de seu governo, ao mesmo tempo que tenta estabilizar sua popularidade em meio a um cenário político polarizado e repleto de desafios.

O futuro do governo Lula depende, em grande parte, da habilidade de navegar por essas águas turbulentas, conciliando interesses e evitando novas crises que possam minar sua administração e comprometer sua reeleição em 2026. O momento é decisivo e a administração deve fazer de tudo para assegurar que seu poder não seja disputado por adversários, como sinalizado pelas tensões com figuras como Donald Trump e a oposição de outros partidos no âmbito nacional.

Como a política brasileira é dinâmica, resta observar como Lula lidará com essas circunstâncias nos dias e semanas que se seguem, e se conseguirá, de fato, concretizar as alianças necessárias para solidificar sua gestão e suas ambições futuras.

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