Brasil, 5 de agosto de 2025
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Governo avalia reduzir tarifa de 50% sobre café e outros setores afetados

Reuniões com representantes do setor de café discutem alternativas para evitar impacto nas exportações devido à sobretaxa de 50%

O governo federal está considerando ampliar a isenção ou redução da tarifa de 50% aplicada ao café e outros setores mais afetados por tarifas adicionais. A discussão ocorre após reunião com o setor de café, que destacou a necessidade de evitar a postergação de exportações e facilitar o acesso a mercados internacionais.

Impacto da sobretaxa e proposta de exclusão

Segundo Ferreira, representante do setor de cafés especiais, o esforço do governo é ampliar os setores contemplados pela sobretaxa de 40%, que atualmente sobe para 50%. O foco principal são itens como frutas, pescados e madeira, mas há a expectativa de incluir o café.

“Se o café for mantido com tarifa de 50%, os Estados Unidos podem adiar a realização de envios brasileiros, prejudicando as exportações”, afirmou Ferreira. Desde a pandemia, com as interrupções de fornecimento e aumento de preços, cafeterias e mercados mantêm estoques que podem durar de um a três meses, o que ajuda a entender a postergação das compras internacionais.

Medidas de apoio e abertura de mercado

Durante a reunião, o presidente do Cecafé destacou que o vice-presidente e os ministros presentes reforçaram o trabalho em planos de socorro às empresas mais afetadas. Entre as propostas estão linhas de crédito subsidiadas, ampliação do programa Reintegra para ressarcimentos e esforços para abrir novos mercados.

O credenciamento de 183 exportadores de café do Brasil pela China, anunciado recentemente, foi mencionado como um avanço, mesmo não garantindo um redirecionamento imediato das exportações. Ferreira explicou que o processo foi acelerado devido ao tarifaço, mas que a negociação será desburocratizada para facilitar o comércio bilaterial.

Desafios na negociação de tarifas

Apesar do avanço na abertura do mercado chinês, Ferreira reforçou a necessidade de reduzir as altas tarifas sobre o café solúvel brasileiro, especialmente em países onde o produto é amplamente consumido. “Abrir novos mercados é fundamental, mas no curto prazo é essencial a ajuda do governo, inclusive na negociação de tarifas”, destacou o presidente do conselho do setor cafeeiro.

Ele reforçou o apelo ao governo para negociar a redução das tarifas elevadas, principalmente sobre o café verde e o café solúvel, que representam uma grande parcela das exportações brasileiras atualmente. Essa medida poderia evitar uma retração nas vendas externas e fortalecer a competitividade do produto brasileiro.

Mais detalhes sobre o andamento das negociações e possíveis mudanças na tarifa devem ser divulgados nas próximas semanas. O setor aguarda anuncios que possam mitigar os efeitos do tarifaço e abrir novas oportunidades de crescimento.

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