Brasil, 8 de dezembro de 2025
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BP faz maior descoberta de petróleo no Brasil em 25 anos

Grupo britânico BP anuncia encontro de grande volume de petróleo e gás na costa do Brasil, fortalecendo sua presença no pré-sal brasileiro

A BP revelou nesta segunda-feira a sua maior descoberta de petróleo e gás em 25 anos, na costa brasileira, no campo de Bumerangue, localizado na Bacia de Santos, a cerca de 400 km do Rio de Janeiro. A área de mais de 300 km² é aproximadamente cinco vezes maior que a de Manhattan, sinalizando grande potencial de reservas.

Descoberta histórica da BP na costa brasileira

Segundo Gordon Birrell, vice-presidente executivo da BP, a descoberta é a maior da empresa desde 1999, quando identificou o campo de Shah Deniz no Mar Cáspio, com cerca de 35 trilhões de pés cúbicos de gás. “Estamos empolgados em anunciar esta descoberta significativa (…) a maior realizada pela BP em 25 anos”, afirmou Birrell em comunicado oficial.

A BP detém 100% dos direitos de exploração do campo, que foi arrematado em 2022 durante o primeiro Ciclo de Oferta Permanente realizado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). A oferta foi feita sob o modelo de Partilha de Produção, comum em campos de pré-sal, e a empresa comprometeu-se a destinar 5,9% do lucro óleo ao governo brasileiro, além de pagar royalties e impostos.

Potencial e desafios do campo de Bumerangue

Estima-se que o campo contenha uma mistura de gás, condensado e petróleo, embora ainda seja cedo para avaliar a quantidade ou qualidade das reservas, devido à presença elevada de dióxido de carbono, o que pode dificultar a extração e aumentar os custos de processamento. A BP destacou que a viabilidade econômica dependerá da avaliação detalhada das reservas.

A exploração de campos em águas profundas, como Bumerangue, costuma levar de quatro a dez anos para chegar à produção, dependendo de fatores técnicos e econômicos. Portanto, a expectativa é que o início da produção ocorra entre 2028 e 2033.

Contexto econômico e estratégias da BP no Brasil

A descoberta ocorrerá em meio a um cenário tenso para a BP, que anunciou recentemente a nomeação do irlandês Albert Manifold como presidente do Conselho de Administração. Além disso, a empresa está sob pressão do fundo de investimento americano Elliott, que exige mudanças estratégicas e que investiu recentemente na companhia.

Na terça-feira, a BP divulgará seus resultados do segundo trimestre, período em que poderá apresentar os primeiros sinais do impacto da nova descoberta. Rumores de fusão com a Shell também alimentam o cenário de transformação da gigante britânica do petróleo.

Segundo um porta-voz da BP ao jornal O Globo, a empresa continuará avaliando a quantidade exata de reservas antes de avançar para fases mais avançadas de exploração e produção.

Perspectivas futuras

Embora a descoberta represente um avanço importante na exploração de petróleo no Brasil, Carlson observa que a complexidade técnica e os níveis de dióxido de carbono podem influenciar a viabilidade do projeto. Ainda assim, a expectativa é que a nova jazida aumente significativamente o volume de petróleo e gás disponíveis no mercado brasileiro nos próximos anos, contribuindo para a estratégia de autossuficiência energética do país.

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