Uma comunidade segregacionista de aproximadamente 40 moradores, que se autodenomina “Return to the Land” e é composta por indivíduos que defendem a criação de uma nação exclusivamente branca, vem despertando reações fervorosas na internet. Localizada em uma área remota dos Ozarks, Arkansas, a comunidade possui cabanas, estradas, poços, centro comunitário e escola, e agora planeja expandir suas terras para Missouri.
Expansão e declarações polêmicas
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o líder do grupo, Eric Orwoll, afirmou: “Você quer uma nação branca? Construa uma cidade branca… Pode ser feito. Estamos fazendo isso”. A notícia da possível expansão foi amplamente repercutida após uma entrevista realizada pela NBC News, que atraiu mais de 10,2 milhões de visualizações e quase 80 mil comentários.
A reação do público e das autoridades
As reações na internet variaram entre consternação, choque e indignação. Muitos usuários se assustaram com o nome da comunidade, especialmente considerando o território norte-americano originalmente habitado por povos indígenas, conforme explicou o site Human Rights at UAB. Uma internauta comentou: “’Return to the Land’ e eles baseando-se na ascendência europeia? Talvez devessem devolver às suas origens na Europa”.
Outros criticaram veementemente a postura do grupo, destacando o apoio declarado à discriminação racial. O debate se intensificou, com muitos afirmando que “não deveria ser permitido que uma comunidade assim se estabeleça”. Enquanto isso, o procurador-geral do Arkansas está avaliando a legalidade da comunidade e suas atividades, segundo informações da NBC News.
Perspectivas jurídicas e sociais
A preocupação vai além do discurso de ódio; há também uma questão jurídica envolvida, já que o estado analisa se há violações de leis contra discriminação e racismo. Especialistas consideram a comunidade uma afronta aos princípios de igualdade e diversidade.
Reflexões e próximos passos
Com a atenção da mídia e de órgãos legais, a comunidade “Return to the Land” se tornou símbolo de uma disputa maior sobre direitos civis, racismo e liberdade de organização. As ações futuras ainda estão por ser definidas, mas a sociedade acompanha atenta o desenrolar do caso.