A assessora de imprensa de Donald Trump, Karoline Leavitt, causou uma forte repercussão ao declarar que o ex-presidente merece o Prêmio Nobel da Paz devido às negociações de cessar-fogos durante sua gestão. A afirmação ocorre em meio a um cenário de conflitos contínuos e avaliações controversas sobre as conquistas diplomáticas de Trump, que ainda geram debates.
Declarações polêmicas sobre a tentativa de Nobel
Leavitt afirmou que, durante seus seis meses no cargo, Trump mediou aproximadamente um acordo de paz ou cessar-fogo por mês, defendendo que já é hora de ele receber a honraria. “President Trump conseguiu algo que muitos não conseguiram”, declarou a porta-voz, que também destacou tentativas de negociar a paz na Rússia, Ucrânia e Gaza.
No entanto, as ações diplomáticas de Trump foram marcadas por resultados desiguais, com conflitos ainda em curso na Ucrânia e no Oriente Médio. Trump prometeu resolver o conflito na Ucrânia logo no início do seu mandato, mas a guerra se intensificou. Quanto à Gaza, seu apoio passou por momentos controversos, incluindo críticas à gestão da crise humanitária.
Reações e contradições na posição de Trump
O próprio ex-presidente demonstrou insatisfação com o fato de Barack Obama ter recebido o Nobel da Paz, o que ele frequentemente cita como uma injustiça. Além disso, recentemente, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que indicou Trump ao prêmio, em uma estratégia de aproximação política, que foi vista por muitos como uma tentativa de manipular a distinção.
Após ações militares, como o ataque dos EUA contra alvos iranianos, o cessar-fogo entre Israel e Irã foi alcançado, embora nem sempre de forma duradoura. Ainda assim, Trump reclamou que não recebeu agradecimentos de Gaza por supostos auxílios enviados, reforçando seu discurso de descontentamento com o reconhecimento internacional.
Críticas e ironias nas declarações de Leavitt
Críticos apontaram que, além de exagerar na quantidade de negociações bem-sucedidas, Leavitt também pronunciou “Nobel” como “noble”, uma ironia considerando-se o histórico do próprio Trump, que já escreveu o nome do prêmio de forma incorreta em redes sociais. Muitos observadores veem a declaração como uma tentativa de reforçar uma narrativa favorável ao ex-presidente, mesmo diante de evidências de que sua política externa teve resultados mistos.
Perspectivas futuras
Analistas sugerem que, apesar das declarações polêmicas de Leavitt, a disputa pelo Nobel da Paz ainda é altamente contestável, dado o contexto de conflitos ativos ao redor do mundo. O próprio Trump mantém seu discurso de que foi injustiçado por não ter recebido a premiação anteriormente, reforçando sua narrativa de que foi subestimado no âmbito internacional.
