Brasil, 10 de agosto de 2025
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Tragédia no Monte Rinjani: guia relata último momento de Juliana Marins

O guia Ali Musthofa compartilha os últimos momentos da brasileira Juliana Marins antes da queda no Monte Rinjani, na Indonésia.

A história da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que faleceu tragicamente após cair de um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, comoveu o Brasil e o mundo. Recentemente, o guia Ali Musthofa, que acompanhava Juliana na expedição, compartilhou detalhes sobre os momentos finais que viveu ao lado dela antes do acidente. Segundo Musthofa, a jovem pedia socorro, e suas últimas palavras permanecerão gravadas em sua memória para sempre.

O acidente e suas consequências

Juliana, que era natural de Niterói, decidiu fazer a trilha no segundo vulcão mais alto da Indonésia em junho deste ano. Ao longo do percurso, o guia notou que ela parecia muito cansada. Musthofa, preocupado com a segurança de todos os integrantes do grupo, orientou Juliana a esperar enquanto ele checava o restante do grupo. Quando voltou, ela havia desaparecido.

Desesperado, Ali descreveu que “era a mais lenta” do grupo e tinha dificuldades para acompanhar o ritmo da trilha. Ele tentou, durante 30 minutos, localizar Juliana, mas não obteve sucesso. Logo, avistou uma lanterna a 150 metros para baixo e pensou que poderia ser a brasileira. “Entrei em pânico”, relatou. O guia afirmou que passou dois dias tentando ajudar nas buscas pela jovem, mantendo a esperança de encontrá-la com vida.

Dilemas éticos e decisões feitas

A situação da expedição foi complicada, já que Juliana havia optado por um pacote de trilha compartilhado, o que implicava na responsabilização do guia em assegurar a segurança de seis turistas. Com isso, Musthofa teve de dividir sua atenção entre todos, o que levantou questões sobre a responsabilidade que um guia deve ter em situações de risco.

Após a tragédia, a família de Juliana expressou sua dor e descontentamento. O pai da jovem externalizou sua indignação ao dizer: “Você matou minha filha”, o que destaca a gravidade emocional e o impacto que a perda teve sobre os entes queridos de Juliana.

A posição do guia e as investigações em curso

Com a morte de Juliana, Ali Musthofa foi proibido de atuar como guia na região e não poderá retornar ao Monte Rinjani, nem mesmo como turista. Em sua declaração, ele expressou um profundo desejo de pedir desculpas à família de Juliana. “Não tive intenção de abandonar ninguém. Só queria garantir a segurança de todos”, enfatizou.

A perda de Juliana Marins foi lamentada não apenas por sua família e amigos, mas também nas redes sociais, onde muitos lamentam a tragédia e se solidarizam com a dor do pai e da mãe da jovem. A imprensa também está atenta às investigações sobre o acidente. O caso segue sendo analisado pelas autoridades locais.

A esperança diante da tragédia

Muitos acreditam que essa tragédia destaca a necessidade de uma maior conscientização sobre a segurança em trilhas e a responsabilidade dos guias de turismo. A experiência de Juliana e a decisão de optar por um pacote de trilha compartilhado suscitam um debate importante sobre o que é seguro e o que deve ser considerado ao realizar atividades de aventura, especialmente em terrenos perigosos.

Juliana Marins será lembrada não apenas pela sua tragédia, mas também pela esperança que muitos mantêm, de que incidentes como este conduzam a uma maior reflexão e melhorias nas práticas de segurança e atendimento ao turista em ambientes de risco. Que sua história sirva para alertar e proteger futuras gerações de aventureiros.

Com o uso de drones e a colaboração das autoridades, as buscas por Juliana após sua queda foram bem documentadas e representam um esforço para garantir que incidentes semelhantes não voltem a ocorrer.

A comunidade de aventureiros e o público em geral continua a acompanhar o desenrolar desse caso, refletindo sobre como garantir a segurança nas montanhas e trilhas, para que mais tragédias possam ser evitadas no futuro.

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