Brasil, 5 de agosto de 2025
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Tesla é condenada a pagar mais de R$ 1 bilhão por acidente fatal com piloto automático

Júri na Flórida determina que a Tesla será responsável por dezenas de milhões de dólares em danos devido a acidente envolvendo seu sistema Autopilot

Um júri na Flórida ordenou nesta sexta-feira (1º) que a Tesla pague aproximadamente R$ 1,34 bilhão (US$ 242 milhões) em indenizações a familiares de vítimas de um acidente fatal em 2019, atribuindo ao sistema de assistência ao condutor Autopilot uma responsabilidade parcial pela tragédia ocorrido na ilha de Key Largo. A decisão aponta que a tecnologia contribuiu para a colisão, que resultou na morte de Naibel Benavides León e ferimentos em Dillon Angulo.

Acidente em Key Largo e responsabilização da Tesla

Segundo informações do advogado Darren Jeffrey Rousso, que representa a família de León e o namorado ferido no acidente, o sistema Autopilot da Tesla foi considerado parcialmente responsável pelo ocorrido. O incidente envolveu um Tesla conduzido por George McGee, que colidiu com uma caminhonete Chevrolet em alta velocidade, causando a morte de León e ferimentos graves em Angulo. A colisão foi relacionada ao uso do piloto automático, afirma o juízo.

Os registros judiciais revelam que o júri concedeu US$ 200 milhões (R$ 1,1 bilhão) em danos punitivos e mais US$ 59 milhões (R$ 327 milhões) em danos compensatórios à família de León. Para Angulo, a indenização totalizou US$ 70 milhões (R$ 388 milhões). Como o júri atribuiu um terço da culpa à Tesla, a soma final de pagamento, após redução, ficou em US$ 242 milhões (R$ 1,34 bilhão), relaciona Rousso.

Reação da Tesla e recursos legais

A Tesla anunciou que recorrerá da decisão, alegando que o veredito é equivocado e prejudica o avanço de tecnologias de segurança automotiva. Em nota, a empresa de Elon Musk afirmou que “nenhum carro de 2019 ou mesmo atual teria evitado esse acidente” e reforçou que “o incidente nunca foi relacionado ao piloto automático”.

De acordo com seus advogados, a Tesla sustenta que o condutor foi o único culpado, pois estava em excesso de velocidade, procurando um telefone que havia caído, enquanto desativava o piloto automático e não olhava para a estrada. A empresa afirma que os sistemas de assistência vêm evoluindo e que a responsabilidade pelos acidentes é sempre compartilhada com o comportamento do condutor.

Contexto e impactos na indústria automotiva

Este episódio reacende o debate sobre a segurança e a responsabilidade do uso de tecnologias autônomas em veículos. Especialistas apontam que a decisão do júri sinaliza uma maior atenção às consequências legais do desenvolvimento de sistemas de assistência avançada ao condutor, como o Autopilot da Tesla. Além disso, a condenação pode influenciar futuras regulamentações e avaliações de risco na indústria automobilística.

Na ocasião, o tribunal concluiu que o sistema parcialmente contribuiu para o acidente, o que reforça a necessidade de maior transparência e segurança nos recursos de assistência veicular. O caso também destaca os desafios enfrentados por fabricantes de veículos autônomos e semi-autônomos na responsabilidade por eventos envolvendo seus produtos.

Perspectivas futuras

Após a condenação, a Tesla planeja recorrer da decisão, mantendo sua posição de que o condutor foi o principal responsável pelo acidente. Ainda assim, o episódio coloca em evidência a importância de aprimorar as tecnologias de assistência de forma segura e eficiente, sobretudo à medida que veículos autônomos ganham maior espaço nas ruas e estradas.

Para o futuro, o setor aguarda um cenário de maior fiscalização e requisitos mais rigorosos para o uso de sistemas de piloto automático, visando evitar novas tragédias e garantir maior segurança aos usuários.

Fonte: Globo News

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