Na última sexta-feira, 1º de agosto de 2025, a Secretaria Municipal de Saúde de Presidente Prudente, no interior de São Paulo, anunciou a 23ª morte por dengue ocorrida este ano na cidade. A fatalidade foi identificada pelo Instituto Adolfo Lutz e envolveu uma mulher de 73 anos, que faleceu no dia 10 de julho. Esse alarmante registro ressalta a gravidade da epidemia que afeta a região, levando as autoridades a reforçar as medidas de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
Dados alarmantes sobre a dengue em Presidente Prudente
De acordo com informações atualizadas até a mesma data da confirmação da morte, o Painel de Arboviroses da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo apontava que Presidente Prudente contabilizava 26.321 casos confirmados da doença. A incidência alarmante é de 11.624,8 casos a cada 100 mil habitantes, o que coloca a cidade em uma situação crítica.
Desde fevereiro deste ano, Presidente Prudente se encontra em estado de emergência em virtude do avanço acelerado da epidemia. As autoridades locais ressaltam que, embora o inverno tenha chegado, os esforços para controlar a proliferação do Aedes aegypti devem ser mantidos. “A prevenção deve continuar, principalmente agora com o frio, que pode enganar na percepção de risco”, alertam os especialistas.
Medidas de combate à proliferação do mosquito
A Prefeitura de Presidente Prudente informa que várias ações têm sido realizadas desde janeiro para enfrentar a epidemia. Essas medidas incluem visitas às residências, orientações à população e aplicação de nebulização em áreas com alta incidência da doença. O objetivo é não apenas controlar a proliferação do mosquito, mas também informar e conscientizar a população sobre os riscos da dengue.
Um plano de ação em várias frentes é fundamental para a contenção do avanço da doença. O trabalho conjunto entre autoridades de saúde e a população é imprescindível para que as medidas de prevenção sejam efetivas.
Inovações na luta contra a dengue
Recentemente, Presidente Prudente se destacou ao inaugurar a primeira biofábrica do estado de São Paulo dedicada ao Método Wolbachia, uma tecnologia inovadora que usa mosquitos Aedes aegypti portadores de uma bactéria natural, a Wolbachia. Esta bactéria tem a capacidade de bloquear a transmissão de arboviroses, como dengue, chikungunya e zika vírus. A expectativa é que os mosquitos modificados sejam liberados semanalmente em 83 bairros da cidade, com um planejamento rigoroso para avaliar a eficácia ao longo do tempo.
Os especialistas acreditam que o Método Wolbachia pode ser uma estratégia de longo prazo e que, ao longo do tempo, permitirá uma significativa diminuição na transmissão da dengue. Entretanto, é crucial reforçar a conscientização da população sobre a importância do combate ao mosquito e a eliminação de focos de água parada, onde a proliferação ocorre.
A necessidade de uma ação contínua
Enquanto o uso de tecnologias inovadoras avança, a experiência vivida por muitas pessoas que já enfrentaram a dengue é um lembrete constante da seriedade da situação. A ênfase na questão da saúde pública não pode, de maneira alguma, ser desviada; é fundamental que todos estejam engajados nessa luta. O apoio da população em iniciativas de limpeza e prevenção pode fazer toda a diferença no combate à dengue em Presidente Prudente.
À medida que novas mortes são registradas e o número de casos confirma o crescimento da epidemia, fica claro que as ações adotadas devem ser contínuas e integradas. A saúde da população depende não apenas da resposta das autoridades, mas também do comprometimento de cada cidadão. A dengue é uma doença que pode ser prevenida, e o primeiro passo para isso é a conscientização e a ação efetiva em comunidade.
Com o aumento do fluxo de informações e transportes, prolongar a vigilância contra o Aedes aegypti é essencial para que episódios de infecção e mortes sejam reduzidos a números cada vez menores. Somente assim a cidade poderá ver um horizonte livre desse problema que tanto assola a sociedade.
Em momentos difíceis como este, o apoio e a solidariedade entre os cidadãos e as autoridades se tornam ainda mais relevantes para garantir a saúde e a segurança de todos.