Brasil, 8 de agosto de 2025
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Jovens ucranianos encontram solidariedade no Jubileu em Roma

Durante o Jubileu, jovens ucranianos compartilharam suas dores e esperanças em busca de paz junto à Igreja.

Nos últimos dias, Roma se tornou o cenário de um significativo encontro entre jovens de todo o mundo, que se reuniram para participar do Jubileu dedicado a eles. Entre os que marcaram presença, destacam-se os jovens ucranianos que, mesmo diante das adversidades impostas pela guerra, se esforçaram para estar presentes e buscar apoio espiritual e moral. Como bem relatou o Pe. Maksym Ryabukha, exarca greco-católico de Donetsk, esta foi uma oportunidade crucial para expressar a dor e a esperança que habitam seus corações.

Uma jornada repleta de desafios

A chegada dos jovens ucranianos a Roma não foi nada fácil. Desde a invasão russa que fechou o espaço aéreo, muitos enfrentaram situações de perigo e dificuldades para conseguir viajar. A experiência de viagens longas, com paradas forçadas na fronteira e até mesmo horas de espera, não desencorajou esses jovens que, com coragem, decidiram que o Jubileu era um momento essencial em suas vidas. Eles buscam não apenas uma pausa dos horrores da guerra, mas também a chance de reunir forças e juntar-se em comunhão com outros jovens ao redor do globo.

Respirando esperança em meio à dor

Dom Ryabukha destacou que o Jubileu dos Jovens, além de ser um encontro de comunidade e de fé, representa para os ucranianos uma oportunidade de partilhar a sua realidade, marcada por tragédias diárias. “Aqui eles conseguem respirar o sopro da vida, mesmo quando no seu país a vida é cercada de incertezas e dor”, disse o bispo. Ele enfatizou que esse encontro é vital para mostrar que, mesmo nas situações mais difíceis, a dignidade humana deve ser respeitada e que sempre há esperança. Em Roma, os jovens puderam sentir a solidariedade dos outros, experimentando momentos de comunhão que aquecem o coração.

A urgência de falar sobre a guerra

Dom Vitaliy Kryvytskyi, bispo da Diocese Católica Romana de Kiev-Zhytomyr, também esteve presente, acompanhando os jovens e compartilhando suas reflexões. Ele mencionou que muitos bispos em diferentes partes do mundo se surpreenderam ao saber que um número tão grande de ucranianos estava em Roma. “As pessoas tendem a pensar que, por estarmos em guerra, estamos numa espécie de letargia, mas a verdade é que é crucial para nós estarmos em união com toda a Igreja”, afirmou o bispo. Ele reforçou a importância de dar voz aos desafios enfrentados pelos ucranianos e instou a Igreja a não permanecer em silêncio sobre a situação na Ucrânia.

Compromisso com a paz justa

Dom Kryvytskyi, com os olhos marejados, recordou a tragédia que ocorreu na noite entre 30 e 31 de julho, quando um ataque russo em Kiev resultou na morte de pelo menos 31 pessoas, incluindo cinco crianças. “Estamos aqui também para contar essa verdade”, disse ele. “Precisamos que todos, especialmente os jovens, não permaneçam em silêncio, mas se comprometam com uma paz justa, não apenas na Ucrânia, mas em toda parte do mundo”. Sua mensagem é clara: a luta por justiça, amor e paz deve ser uma prioridade em tempos de guerra.

Assim, ao participar do Jubileu em Roma, esses jovens brasileiros conseguiram não apenas compartilhar suas dores, mas também encontrar uma nova esperança, lembrando a todos nós da importância de permanecer solidários em tempos de adversidade. A união de vozes, pensamentos e orações é a chave para a construção de um futuro mais justo e pacífico para todos.

O Jubileu dos Jovens demonstrou que, mesmo em meio a dificuldades extremas, a fé e a solidariedade podem trazer um novo sentido à vida, um respiro de esperança e uma nova luz no caminho.

Para mais informações sobre o evento e a situação na Ucrânia, acesse o site da Vatican News.

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