Após uma pausa de 12 anos, o Desafio da Ponte será realizado neste domingo, a partir das 6h30. O evento promete atrair milhares de corredores e contará com um rigoroso esquema de segurança, além de um show da icônica banda Barão Vermelho após a prova, que acontecerá na Praça Mauá.
Esquema de segurança robusto para o evento
A organização do Desafio da Ponte está tomando diversas medidas para garantir a segurança de todos os participantes. Para isso, haverá uma equipe de 100 pessoas designadas para cuidar do evento, além do suporte da Polícia Rodoviária Federal em uma área de aproximadamente 1,5 quilômetro próximo ao ponto de largada. As precauções visam evitar incidentes, especialmente a presença de “pipocas” (pessoas que não se inscreveram oficialmente, mas que tentam participar da prova).
Imagens dos números de peito não foram divulgadas para prevenir falsificações. A identificação dos participantes será feita através de um holograma que torna a reprodução quase impossível. Além disso, a operação de montagem e desmontagem do evento é complexa, e os corredores precisarão comprovar seus índices de performance no momento da inscrição. O tempo limite para concluir a prova será de 3 horas, e a ponte deverá estar liberada para a circulação normal de veículos a partir das 12 horas.
Acesso e estrutura do evento
Diferentemente de provas anteriores, a ponte não será totalmente fechada. A corrida acontecerá na pista em direção ao Rio, ocupando três faixas: duas para os corredores e uma como via de serviço, enquanto a quarta faixa permanecerá aberta para o tráfego no sentido Niterói-Rio. O trajeto proporcionará uma experiência inédita, já que os corredores não poderão contar com o incentivo da torcida durante os 14 quilômetros na ponte. Entretanto, ao chegar na Praça Mauá, eles serão recebidos com um show da banda Barão Vermelho e terão também algumas surpresas musicais ao longo do percurso.
De acordo com Pedro Pereira, gerente de produto do Desafio da Ponte, “o corredor vai enfrentar um grande desafio, podendo encontrar diferentes condições climáticas. A corrida será uma experiência pessoal para cada um, sem a torcida”, afirmando que a estrutura do evento está pensada no conforto e segurança dos corredores.
Expectativa de participação e prêmios
A expectativa é que cerca de 5 mil corredores participem desta edição. O Desafio da Ponte foi realizado anualmente de 1981 a 1986, mas encontrou obstáculos operacionais e de tráfego que interromperam sua continuidade. O retorno do evento ocorreu em 2011, seguido por edições em 2012 e 2013.
Nesta edição, a premiação total será de R$ 110 mil, com R$ 30 mil destinados aos campeões de ambas as categorias, masculino e feminino. Para comparação, a Maratona do Rio ofereceu apenas R$ 10 mil para seus campeões na categoria dos 21 km.
João Traven, diretor da Spiridon (organizadora do evento), recorda sua experiência na primeira edição da corrida em 1981. Ele conta que naquela época a prova não possuía pontos de hidratação na ponte, o que mudou significativamente para a edição deste ano, que contará com oito pontos de hidratação, quatro deles ao longo da ponte, garantindo que os corredores permaneçam bem hidratados durante o trajeto.
Preparativos e desafios
Os aproximadamente 400 colaboradores que trabalharão na ponte receberam treinamento em segurança e não poderão ser substituídos de última hora. As condições climáticas e a dificuldade do percurso, que inclui o vão central da ponte (com altimetria de 72 metros), são fatores que os corredores devem considerar em sua preparação. Em sua primeira edição, Traven enfrentou calor forte, resultando em quase uma insolação, e hoje, retorna para liderar o evento de uma nova perspectiva, monitorando o pelotão de elite.
A finalização do evento será marcada pela celebração da corrida e pela emoção dos participantes em cruzar a linha de chegada após um desafio significativo, um retorno triunfante que promete ficar na memória de todos os envolvidos.
