A assessora de Donald Trump, Karoline Leavitt, gerou revolta ao afirmar que o ex-presidente deveria receber o Nobel da Paz, alegando que teria negociado cerca de um acordo de cessar-fogo por mês durante seus seis meses no cargo. A declaração foi veementemente criticada, visto que a trajetória de Trump em relação à paz internacional é controversa.
Argumentos e controvérsias sobre a premiação
Leavitt destacou que Trump teria negociado diversos acordos, incluindo cessar-fogo na Ucrânia e Gaza, além de negociações envolvendo Irã e Israel. No entanto, suas ações no cenário internacional têm sido marcadas por resultados mistos e promessas não cumpridas, como a tentativa de encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia, que até agora não avançou.
Ela também ressaltou que Trump ficou contrariado por não ter recebido o Nobel durante sua administração, alegando que deveria ter recebido “quatro ou cinco” prêmios, uma postura que reflete sua insatisfação contínua com a premiação.
Reações e críticas à declaração
Especialistas e críticos rapidamente reagiram às afirmações de Leavitt, trazendo fatos que contrastam com a narrativa otimista sobre as ações de Trump no campo da paz. Alguns lembraram que, apesar de alguns acordos pontuais, muitas de suas iniciativas tiveram resultados limitados ou foram acompanhadas de escalada de conflitos, como na Palestina e na Síria.
Além disso, observadores apontaram que a própria assessora pronunciou o nome do prêmio como “noble” — confusão que remete ao nome do Nobel, que é pronunciado “nobel” em português e inglês, e que Trump, por sua vez, costuma escrever incorretamente.
Contexto e possíveis motivações
O movimento de Netanyahu de indicar Trump para o Nobel da Paz, divulgado recentemente, é visto por analistas como uma tentativa de fortalecer as alianças do ex-presidente com aliados internacionais e inflar sua narrativa de influência global. No entanto, especialistas consideram difícil justificar a premiação ao líder que, até agora, não conseguiu consolidar uma paz duradoura nos principais focos de conflito em sua gestão.
Resta aguardar se, após tais declarações, haverá mudanças na postura de Trump ou sua equipe quanto à busca por reconhecimento na premiação internacional.