Brasil, 5 de agosto de 2025
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Governo estuda comprar alimentos brasileiros para compensar tarifas dos EUA

Ministério da Fazenda avalia aquisição de produtos nacionais para reduzir impactos das tarifas elevadas impostas pelos EUA, principalmente em setores estratégicos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (1º) que o governo brasileiro estuda alternativas para minimizar os efeitos das tarifas elevadas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Entre as estratégias em avaliação, está a possibilidade de compras públicas voltadas a alimentos e produtos nacionais, especialmente aqueles destinados a programas de segurança alimentar, como a merenda escolar.

Diálogo entre governo e Estados em busca de soluções

Durante uma reunião em Brasília com o governador do Ceará, Elmano de Freitas, Haddad destacou a importância de ações coordenadas entre União, Estados e municípios. O governante sugeriu que o Ceará e outros estados comprem alimentos que seriam exportados aos EUA, como forma de evitar prejuízos às cadeias produtivas locais.

“Nossa avaliação é de que podemos lidar com a situação. Consegui tranquilizar o governador, e estamos em contato com os exportadores e demais governadores”, afirmou Haddad. Ele também ressaltou que a estratégia visa garantir o abastecimento interno e preservar empregos na produção de alimentos.

Impacto das tarifas e aproximação com os EUA

As tarifas, que chegaram a aumentar em até 50%, têm afetado setores estratégicos, como a produção de pescados e outros alimentos, segundo informações do governo. Haddad explicou que o Brasil mantém contato frequente com a equipe do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Besset, com uma reunião mais detalhada prevista para a próxima semana.

Entre os temas que serão debatidos na reunião, além das tarifas, está a chamada Lei Magnitsky, que está sendo avaliada pelo Tesouro norte-americano. Segundo o ministro, o Brasil busca esclarecimentos sobre o funcionamento do sistema judiciário americano para evitar interpretações equivocadas que possam prejudicar as relações comerciais bilaterais.

Esclarecimento e preservação das relações comerciais

Haddad destacou a importância de esclarecer a respeito do sistema judicial brasileiro, afirmando que o país busca evitar que avaliações políticas impactem as relações comerciais. “Há muita desinformação, e nossa prioridade é explicar como funciona nosso sistema, para que as relações econômicas sejam preservadas”, completou.

Segundo o ministro, a estratégia do governo é fortalecer o diálogo com os Estados Unidos e buscar alternativas que garantam a estabilidade do mercado interno, ao mesmo tempo que mantém canais abertos para negociações possíveis de reversão das tarifas.

Para acompanhar os desdobramentos e possíveis mudanças na política de compras do governo, o Brasil continua monitorando as negociações e aguardando a próxima reunião com os representantes norte-americanos.

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