Brasil, 5 de agosto de 2025
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EUA: Oklahoma anuncia teste ‘America First’ para professores recém-chegados de estados liberais

Oklahoma pretende implementar certificação com foco em valores conservadores para professores de outros estados, incluindo questões de história e senso comum.

A Secretaria de Educação de Oklahoma anunciou planos de lançar um teste de certificação chamado ‘America First’ para professores que venham de estados considerados mais liberais, de acordo com o governador e o superintendente de Educação local. A medida visa assegurar que os docentes estejam alinhados com os valores tradicionais e com as políticas estaduais, especialmente no que diz respeito ao ensino de história e questões de gênero.

Implementação e objetivos do teste ‘America First’

Segundo Ryan Walters, superintendente de Oklahoma, todos os professores vindos de fora precisarão passar no teste para poderem ensinar na rede pública do estado. “Queremos garantir que esses profissionais sejam excelentes educadores e, ao mesmo tempo, não introduzam ideologias progressistas ou socialistas na sala de aula”, afirmou em entrevista à Fox Digital.

Walters revelou que o desenvolvimento do exame contará com o apoio da organização conservadora PragerU, especializada em conteúdo de direita. O teste incluirá perguntas relacionadas à história americana, senso comum e valores tradicionais.

Controvérsias e contexto político

O anúncio coincide com a preocupação de líderes estaduais com a influência de outras regiões do país na educação de Oklahoma. “Temos visto estados como Califórnia, Nova York e Maine emitirem diretivas que envolvem o ensino de múltiplas identidades de gênero e orientaçõessexuais, além de abordagens que consideramos excessivamente progressistas”, comentou Walters.

Exemplo das diferenças regionais no ensino de gênero

De acordo com o Departamento de Educação da Califórnia, por exemplo, os estudantes devem aprender sobre “gênero, expressão de gênero, identidade de gênero e os danos de estereótipos negativos”, incluindo o entendimento de orientações sexuais e identidades LGBTQ. Em contrapartida, Oklahoma planeja incluir no teste perguntas relacionadas à compreensão de “senso comum” e valor patriótico.

Walters explicou que sua intenção é devolver o foco ao ensino de história tradicional e evitar o que chamou de “doutrinação ideológica”, especialmente em tópicos sensíveis como identidade de gênero.

Reações e possíveis desdobramentos

Críticos alegam que a iniciativa de Oklahoma reforça a polarização no sistema educacional dos EUA, além de levantar preocupações sobre a liberdade acadêmica e os direitos das comunidades LGBTQ. Especialistas apontam que a medida pode criar uma divisão ainda maior entre diferentes regiões do país.

A discussão sobre o currículo escolar também reflete uma disputa política mais ampla, que envolve a autonomia dos estados e a influência de grupos conservadores na educação americana.

O governo de Oklahoma espera que o teste seja implementado ainda para o início do próximo ano letivo, marcando um momento de intensa polarização no campo educacional nos Estados Unidos.

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