O governo brasileiro precisa equilibrar ações de apoio a empresas e trabalhadores e a manutenção da saúde fiscal do país, segundo analistas. Essas discussões vêm à tona após experiências passadas, como o programa Perse, criado na pandemia para apoiar a cultura e o entretenimento, que foi prolongado por pressão política, potencialmente criando encargos permanentes à economia.
Aprendizados com o programa Perse e riscos de subsídios excessivos
O programa Perse, criado durante a pandemia, exemplifica a necessidade de definir limites claros para benefícios temporários. Segundo especialistas, é fundamental discutir o formato e o prazo dessas ajudas para evitar que se tornem uma carga excessiva sobre as contas públicas. Como destaca a análise, o Brasil já enfrenta problemas com subsídios excessivos, que podem prejudicar a sustentabilidade fiscal a longo prazo.
Medidas de apoio às empresas e trabalhadores
O governo tem mencionado a possibilidade de replicar ações do Rio Grande do Sul, como apoio financeiro às empresas e pagamento de parcelas do salário mínimo aos trabalhadores, experiências que ocorreram durante a pandemia. O programa BEM, por exemplo, permitia a redução salarial com manutenção do emprego, prática que alguns setores avaliam repetir por até um ano, com possibilidade de renovação.
Prorrogação de impostos: uma alternativa temporária
Especialistas alertam que prorrogar o pagamento de impostos pode ser uma saída temporária, diferente de anistia, que envolveria perdão de dívidas. Entretanto, há preocupação em relação ao programa Reintegra, que subsidia exportações com devoluções de baixa porcentagem da receita. Com pedidos de aumento dessas devoluções, há debates sobre a necessidade de esses recursos alcançarem todos os exportadores, sem comprometer a arrecadação.
Equilíbrio entre ajuda às empresas e controle fiscal
O entorno da política econômica atual reforça a necessidade de o governo atender às demandas de auxílio ao setor produtivo e ao trabalhador, sem comprometer as contas públicas. Como destaca o analista, a demora na ação durante a pandemia pelo governo Bolsonaro resultou em planos amplos demais e em um déficit elevado, demonstrando a importância do planejamento cuidadoso nas medidas atuais.
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