O presidente Donald Trump assinou nesta quinta-feira (31) uma ordem executiva que revoga o programa de Teste de Aptidão Física Presidencial, uma iniciativa antiga que incentivava crianças a praticar exercícios físicos em escolas de todo o país. A medida faz parte do esforço de sua administração para enfrentar a alarmante crise de obesidade infantil, sedentarismo e má alimentação, após um relatório do secretário de Saúde alertar sobre o aumento de doenças crônicas entre jovens.
Resgate do programa de avaliação física nas escolas americanas
O Programa de Aptidão Física Presidencial, que foi descontinuado pelo governo Obama em 2012, envolvia testes de força, resistência e flexibilidade para estudantes de 6 a 17 anos, incluindo uma corrida de milhas, flexões ou barras, abdominais e o teste de alcance. Os alunos que atingissem pontuações elevadas recebiam uma medalha ou certificado, incentivando a prática regular de atividades físicas.
Reação e debates sobre o retorno do teste
A iniciativa, que já gerou controvérsia, recebeu elogios de apoiadores que veem nela uma oportunidade de motivar jovens e reforçar o valor da competição saudável. “Precisamos restabelecer o espírito de esforço, disciplina e nutrição adequada”, afirmou o secretário de Saúde, Robert F. Kennedy Jr., durante o ato de assinatura. “Para mim, era uma fonte de orgulho na minha infância”, completou Kennedy.
Por outro lado, especialistas alertam sobre os riscos de humilhação ou reforço de padrões body shaming. Pesquisas indicam que preocupações relacionadas à aparência corporal podem surgir desde os primeiros anos de infância, afetando a autoestima à medida que crescem.
Perspectivas e objetivos do programa
O vice-presidente J.D. Vance destacou que a volta do teste faz parte de uma mudança cultural mais ampla: “Queremos diminuir o tempo que as crianças passam em frente às telas, incentivando uma rotina mais ativa e saudável”, disse Vance. O esforço busca promover um balanço entre tecnologia e atividades físicas, promovendo uma geração mais saudável.
Especialistas do setor de saúde e educação permanecem atentos à implementação, que deverá ocorrer no próximo ano letivo. A expectativa é que o programa contribua para reduzir índices de sedentarismo e problemas relacionados à obesidade, que, segundo dados oficiais, atingem cerca de 20% das crianças e adolescentes nos Estados Unidos.