A Casa Branca informou nesta quinta-feira (31) que o presidente Donald Trump assinará ordens executivas ainda hoje para implementar novas tarifas a parceiros comerciais, com vigência marcada para sexta-feira (1º de agosto). A assinatura ocorrerá “em algum momento desta tarde ou mais tarde esta noite”, afirmou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt.
Detalhes das tarifas e negociações em andamento
As diretivas oficiais são essenciais para que os Estados Unidos possam cobrar receitas específicas por país, como anunciado por Trump no mês passado por meio de cartas e postagens nas redes sociais. Ainda não está claro quantas ordens o presidente precisará assinar para implementar completamente as novas políticas.
Trump fechou acordos com grandes aliados, como União Europeia, Reino Unido, Japão e Coreia do Sul, e definiu tarifas unilaterais para outros países, incluindo Índia e Brasil. Em abril, inicialmente anunciou tarifas para quase todos os países, mas suspendeu as medidas duas vezes para prolongar negociações.
Planos para países sem acordos tarifários
O governo americano ainda avalia como lidar com nações que não firmaram acordos, com cerca de 150 países recebendo cartas de tarifas de 10% a 15%, segundo Trump. Leavitt evitou confirmar se essa ainda é a estratégia. “Os demais países que não têm um acordo ou que já receberam uma carta, receberão notícias até a meia-noite”, revelou a porta-voz.
Confusão e negociações antecipadas
O anúncio no último minuto gerou confusão entre importadores e setores logísticos, que ainda aguardam detalhes sobre como as tarifas serão implementadas. Apesar disso, os EUA continuam as negociações com vários parceiros na tentativa de ampliar sua influência e obter melhores condições.
Segundo Leavitt, novas negociações podem ocorrer antes da sexta-feira. Os Estados Unidos já chegaram a um acordo com Camboja e Tailândia, embora os pactos ainda não tenham sido oficialmente anunciados pelo governo.
Prorrogação das tarifas com o México
Mais cedo nesta quinta, Trump prorrogou por 90 dias as tarifas atualmente impostas ao México, permitindo mais tempo para negociações comerciais. Apesar de ter afirmado anteriormente que o prazo de 1º de agosto não seria prorrogado, a medida foi adotada para evitar aumento de tarifas sobre exportações mexicanas, que passariam de 25% para 30% nesta sexta-feira.
Cenário de incertezas e possibilidades
Leavitt afirmou que novos acordos podem ser fechados até a meia-noite de hoje, reforçando a possibilidade de mudanças rápidas na postura do presidente. “Se mais acordos forem fechados entre agora e a meia-noite, não descartaria o presidente”, declarou a porta-voz.
A situação demonstra a complexidade das negociações comerciais dos EUA, com o governo buscando fortalecer sua posição em negociações bilaterais e multilaterais, enquanto lida com a instabilidade de prazos e estratégias imprevisíveis.
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