Brasil, 31 de julho de 2025
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Trump Administraçao queima quase US$10 milhões em anticoncepcionais, gerando protestos

Decisão de incinerar contraceptivos destinados a países pobres gera críticas por desperdício e impacto social

Nos últimos dias, a administração Trump anunciou a queima de cerca de US$9,7 milhões em anticonceptivos — incluindo implantes, pílulas e dispositivos intrauterinos — destinados a nações pobres, o que gerou forte repercussão negativa internacional e doméstica. Apesar de ofertas de organizações como a ONU para financiar ou redistribuir os suprimentos, o governo americano decidiu incinerar os materiais sem ceder ou doar, alegando questões políticas relacionadas ao aborto.

Justificativa oficial para a queima de contraceptivos

Segundo o Departamento de Estado dos EUA, a decisão foi tomada com base na Política do México, uma medida antiaborto que Trump reinstaurou em janeiro, impedindo o apoio a organizações que promovem ou oferecem acesso ao aborto. Um porta-voz do órgão afirmou que a política impede o envio de ajuda relacionada a aborto, justificando a destruição dos contraceptivos armazenados na Bélgica e que seriam enviados à França para incineração.

Autoridades também afirmaram que os recursos não incluem preservativos ou medicamentos contra HIV, apenas contraceptivos de longa duração com validade até 2031. O custo de incineração, de cerca de US$167 mil, foi considerado menor do que o que custaria sua entrega ou doação.

Repercussões políticas e sociais

Ativistas e políticos criticaaram duramente a decisão. A deputada californiana Judy Chu chamou o ato de “cruel, vergonhoso e um desperdício desnecessário de recursos públicos”. Já Beth Davidson, legisladora de Nova York, alertou que a falta de acesso a contraceptivos aumenta o risco de abortos ilegais e mortes de mulheres, além de destacar a hipocrisia de gastar dinheiro público com desperdício ao invés de promover saúde reprodutiva.

Reações públicas e opiniões diversity

Nas redes sociais, a indignação é evidente. Usuários reclamam que seria mais barato distribuir os contraceptivos do que incinerá-los, e alguns sugerem vender os suprimentos por um preço simbólico, beneficiando alguém ao invés de simplesmente destruir. Outros veem a decisão como uma demonstração de intolerância e machismo, reforçando a narrativa de que o ato foi motivado por ideologias antiabortistas.

Uma postagem no Reddit resumiu o sentimento geral: “Vai custar menos entregá-los do que queimá-los, então é pura birra”. Outro comentou que o ato reflete uma política de “desprezo pela saúde e pelos direitos das mulheres”, destacando a dimensão moral do episódio.

Implicações e o que vem a seguir

Especialistas associam a decisão à postura antiaborto do governo Trump, que restringe cada vez mais o apoio internacional. Organizações como a ONU tinham se oferecido para comprar ou redistribuir o contraceptivo, mas o governo preferiu apagá-los, em uma ação que muitos consideram símbolo do retrocesso na assistência global em saúde reprodutiva.

Espera-se que a controvérsia continue a crescer e que organizações humanitárias reforcem a denúncia de que a política de destruição de suprimentos de auxílio viola direitos de mulheres e meninas em países vulneráveis. Analistas afirmam que atos como este podem ter consequências duradouras na imagem internacional dos EUA e na saúde de populações marginalizadas.

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