A taxa de desemprego no Brasil atingiu 5,8% no trimestre encerrado em junho, o menor patamar já registrado desde o início da série histórica em 2012. Os dados, divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, mostram uma redução de 17,4% na quantidade de desempregados em relação ao trimestre anterior, totalizando 6,3 milhões. O resultado ficou abaixo das expectativas de analistas de mercado, que aguardavam uma queda para 6%.
Indicadores de mercado de trabalho em alta e informalidade em declínio
Além da baixa na taxa de desemprego, outros indicadores demonstram a resiliência do mercado de trabalho, como a maior taxa de participação (62,4%), o nível de ocupação (58,8%) e o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que atingiu 39 milhões — recordes históricos.
O rendimento médio mensal da população ganhou força, chegando a R$ 3.477 em junho, novo recorde na série. A massa de rendimento real habitual também atingiu R$ 351,2 bilhões, confirmando o bom momento do mercado.
Redução da informalidade e melhora nas condições de trabalho
A proporção de trabalhadores informais caiu para 37,8%, representando o segundo menor índice da série histórica, com 38,7 milhões de trabalhadores nessa condição. A taxa de informalidade recuou para 36,6%, refletindo uma melhora no mercado de trabalho formal, apesar do aumento de trabalhadores sem carteira assinada, que subiu para 13,5 milhões.
Por outro lado, o número de trabalhadores por conta própria com CNPJ aumentou 3,8%, totalizando 6,4 milhões, indicando maior formalização entre os autônomos.
Menor nível de desalento desde 2016 e perspectivas para o mercado
O contingente de pessoas desalentadas, ou seja, que abandonaram a busca por emprego, chegou a 2,8 milhões em junho — o menor nível desde 2016 — uma queda de 13,7% em relação ao trimestre anterior. No comparativo anual, a redução foi de 14%, indicando maior confiança na busca por trabalho.
Economistas destacam a resiliência do segmento, impulsionada por crescimento econômico acima do esperado no final de 2024 e início de 2025. No entanto, há previsões de que uma desaceleração econômica possa impactar negativamente o mercado de trabalho a partir do segundo semestre deste ano.
Para mais detalhes, acesse o fonte original.