Segundo levantamento preliminar da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC), a tarifa adicional de 50% anunciada hoje incidiu sobre 35,9% das exportações brasileiras para os Estados Unidos em 2024. Essa medida deve afetar cerca de US$ 14,5 bilhões em vendas ao país vizinho.
Impactos das tarifas nas exportações brasileiras aos EUA
De acordo com os dados, aproximadamente 35,9% do valor das exportações brasileiras para os Estados Unidos, equivalente a US$ 14,5 bilhões em 2024, estarão sujeitos à tarifa de 50%. Essa alta tarifária faz parte de uma estratégia econômica que busca revisitar acordos comerciais e proteger setores industriais domésticos.
“A incidência dessas tarifas gera um impacto direto na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano, podendo alterar fluxos comerciais e preços finais ao consumidor”, afirmou Ana Paula Fernandes, economista especializada em comércio internacional.
Setores mais afetados
Os setores mais impactados incluem máquinas, equipamentos eletrônicos, produtos químicos e veículos leves, que representam grande parte do volume exportado. Especialistas avaliam que o aumento de custos poderá levar a uma redução na demanda ou a uma busca por mercados alternativos.
Reação do mercado e perspectivas futuras
A repercussão no mercado financeiro e no setor exportador tem sido negativa, com receios de retração nas vendas externas. A Secretaria de Comércio Exterior do MDIC também sinalizou a possibilidade de negociações internacionais para mitigar os efeitos dessas tarifas, além de buscar alternativas de diversificação de mercados.
Segundo o documento, a maioria das exportações brasileiras aos EUA — cerca de 64,1% — permanecerá livre da tarifa, o que pode atenuar parcialmente os impactos econômicos. Entretanto, a medida reforça o cenário de maior custos para os produtores brasileiros e desafios na balança comercial.
Próximos passos
O governo anunciou que continuará avaliando os efeitos das tarifas e buscará medidas que possam equilibrar interesses comerciais e de proteção à indústria nacional. Mais detalhes sobre possíveis retaliações ou acordos comerciais deverão ser publicados nos próximos meses.
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