Brasil, 1 de agosto de 2025
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Setor público registra déficit primário de R$ 47,1 bilhões em junho

Dados do Banco Central revelam aumento do déficit primário e alta da dívida bruta do Brasil em meio a desafios fiscais

O setor público consolidado brasileiro registrou um déficit primário de R$ 47,1 bilhões em junho deste ano, aumento de 15% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foi de R$ 40,9 bilhões, segundo dados do Banco Central divulgados nesta quinta-feira. O resultado engloba os resultados fiscais da União, estados, municípios e empresas estatais, excluindo setor financeiro e Petrobras.

Detalhes do déficit e situação fiscal

O déficit de junho refletiu principalmente os resultados do governo federal, que apresentou um déficit de R$ 45,5 bilhões, além de dívidas de R$ 954 milhões das estatais e R$ 2,6 bilhões dos estados e municípios. Apesar do déficit no mês, o setor público consolidado acumulou um superávit primário de R$ 17,9 bilhões nos últimos doze meses, equivalente a 0,15% do PIB.

Déficit nominal e dívida pública em alta

Considerando as despesas com juros, o déficit nominal atingiu R$ 108,1 bilhões em junho, resultando em um déficit acumulado de R$ 894,4 bilhões nos últimos doze meses, o que corresponde a 7,30% do PIB. Além disso, a dívida bruta voltou a subir e atingiu R$ 9,4 trilhões, representando 76,6% do PIB, um aumento de 0,5 ponto percentual em relação ao mês anterior.

Fatores que influenciaram a variação da dívida

Segundo o Banco Central, o aumento da dívida foi puxado pela alta de 0,7 ponto percentual nos juros nominais apropriados, pelas emissões líquidas de dívida, que cresceram 0,5 ponto, e pela redução de 0,5 ponto no PIB nominal. A dívida líquida, que desconsidera ativos do governo, subiu para 62,9% do PIB, totalizando R$ 7,7 trilhões, uma expansão de 0,9 ponto percentual comparado ao mês anterior.

Contexto e perspectivas

Os números indicam desafios contínuos na gestão fiscal do país, refletindo a necessidade de reformas estruturais para equilibrar as contas públicas e controlar o crescimento da dívida. Especialistas reforçam que a manutenção de déficits elevados pode comprometer a sustentabilidade fiscal a longo prazo. O Banco Central avalia que a variação na dívida está relacionada às condições do mercado financeiro e às receitas e despesas do governo.

Para mais detalhes, consulte a fonte oficial.

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