Nesta semana, a cantora espanhola Rosalía se pronunciou após uma publicação do designer Miguel Adrover, que afirmou ter recusado trabalhar com ela por sua suposta falta de posicionamento sobre a crise em Palestina. Adrover compartilhou uma captura de tela de uma conversa com uma possível equipe da artista, acusando-a de silêncio como forma de cumplicidade na situação atual.
Resposta de Rosalía às críticas sobre sua postura em defesa de Palestina
Em suas histórias no Instagram, Rosalía afirmou que “vivemos em uma contradição constante”, mostrando seu esforço em fazer “o certo”, apesar de reconhecer que nem sempre consegue. Ela explicou que, apesar de não ter se manifestado publicamente de forma explícita, não significa que não condene as ações violentas em Gaza. “É terrível ver, dia após dia, pessoas inocentes sendo assassinadas e quem deveria parar isso, não faz”, disse.
A artista também destacou o papel de organizações, ativistas, profissionais de saúde, jornalistas e outros que estão na linha de frente ajudando quem sofre na região. “Agradeço profundamente a essas pessoas que realmente atuam”, afirmou, reforçando seu respeito por quem dedica suas vidas à causa.
Sobre a polarização e o papel das personalidades públicas
Rosalía criticou a ideia de culpabilizar indivíduos por não terem pronunciamentos públicos, enfatizando que a responsabilidade maior recai sobre quem toma as decisões e possui poder de ação. “Acredito que a culpa deve ser direcionada para quem decide, não entre nós, artistas e influenciadores”, concluiu.
Cenas de divisão no universo digital
Assim como Rosalía, outras personalidades também vêm sendo cobradas por sua atuação diante do conflito. A YouTuber infantil Ms. Rachel, por exemplo, declarou que não trabalharia com quem não se posicionasse sobre Gaza, reforçando a repercussão da polarização na internet.
Contexto humanitário na faixa de Gaza
Desde a interrupção de ajuda por parte de Israel, em março passado, a situação humanitária em Gaza se agravou com a fome e a escassez de recursos. Segundo a ONU, um em cada três habitantes enfrenta períodos prolongados sem acesso à comida. O secretário-geral da organização, António Guterres, afirmou que “os palestinos em Gaza vivem uma catástrofe de proporções épicas”, evidenciando a emergência da crise.
Quem deseja ajudar as vítimas da região pode acessar informações e doações pelo site aqui.