Em uma virada inesperada, a Casa Branca comentou sobre a polêmica campanha de jeans estrelada por Sydney Sweeney, que vem sendo criticada por supostos conotações raciais e conexões com eugenia. A reação do governo dos Estados Unidos, ocorrida na última quarta-feira, intensificou a discussão nas redes sociais e entre especialistas, criando um novo capítulo na controvérsia.
Casa Branca entra no debate sobre a campanha de American Eagle
No dia 29 de julho, o gerente de comunicação da Casa Branca, Steven Cheung, utilizou a plataforma X para compartilhar um trecho de uma matéria da MSNBC que indicava a campanha como um exemplo de uma “virada cultural descontrolada em direção à branquitude”. A publicação foi acompanhada de críticas à “pensamento liberal denso” e à alegada ‘‘cultura de cancelamento’’. Cheung afirmou que a reação das minorias constitui um “cancelamento sem respaldo”.
Essa manifestação oficial provocou uma série de reações virtuais, com internautas questionando a relevância de o governo se posicionar sobre uma controvérsia de marketing. Alguns chegaram a afirmar que a presença da Casa Branca no debate só aumentou a polarização e alimentou a sensação de que ambos estão alinhados contra a atriz.
Repercussões na internet e desdobramentos para Sydney Sweeney
Desde que a polêmica viralizou, Sydney e a marca American Eagle ainda não vieram a público para se pronunciar, mas a resposta do governo deixou o clima mais tenso. Diversos usuários criticaram a postura da administração Biden de se envolver em uma discussão que, segundo eles, deveria ser resolvida pelos próprios consumidores e pela responsabilidade social das marcas.
Especialistas em comunicação e cultura apontam que a intervenção do governo pode ter um efeito contrário ao pretendido. “A ação da Casa Branca alimenta o discurso de que há uma tentativa de controle ideológico, o que apenas reforça a polarização”, explica Laura Martins, professora de Sociologia da Universidade Federal de São Paulo. “Além disso, coloca Sydney Sweeney numa posição ainda mais delicada — a associação com políticas oficiais pode piorar sua imagem diante de setores mais conservadores.”
Impacto na imagem de Sydney e da campanha
Internautas também demonstraram surpresa com o timing da intervenção governamental, questionando se o governo não teria assuntos mais importantes a resolver, considerando a crise econômica e os desafios políticos do país. “Será que eles não têm algo melhor para fazer? Acho que exageraram”, comentou um usuário na rede social.
Observadores do mercado de moda afirmam que a repercussão pode prejudicar a campanha e até afetar a estratégia de marketing da American Eagle, que tenta se recuperar de recentes boicotes e controvérsias envolvendo representatividade e inclusão. Entretanto, a marca ainda não se manifestou oficialmente sobre o assunto.
Perspectivas para o futuro da controvérsia
Com a reação oficial da Casa Branca, o caso ganhou uma dimensão nova, possivelmente ampliando o impacto negativo para Sydney Sweeney e a agência de publicidade responsável pela campanha. Analistas sugerem que o episódio evidencia como debates culturais e políticos podem se sobrepor às ações de marketing, criando riscos que vão além do previsto.
Especialistas recomendam cautela às marcas e celebridades que estejam no centro de discussões similares, pois o alinhamento com posições políticas pode gerar reações imprevisíveis. No momento, tanto Sydney quanto a American Eagle mantêm silêncio, enquanto o debate na internet continua fervendo.