Brasil, 1 de agosto de 2025
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Queda de 18% no desmatamento da Amazônia em junho de 2024

Estudo aponta diminuição no desmatamento, mas alerta para desmatamento acumulado em aumento no ciclo de agosto a julho.

Um estudo divulgado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), nesta quarta-feira (30/7), revelou uma queda de 18% no desmatamento da Amazônia em junho. Apesar da diminuição, só no último mês, o bioma perdeu 326 km² de floresta, o que suscita preocupações sobre a real eficácia das medidas de preservação.

Aumento preocupante no desmatamento acumulado

Embora os dados de junho apontem uma queda, o desmatamento acumulado no período de agosto de 2024 a julho de 2025 apresentou um aumento de 11% em comparação ao ciclo anterior, segundo informações do Imazon. Isso mostra que, apesar de avanços pontuais em determinados períodos, a situação geral ainda é alarmante no que diz respeito à preservação da floresta.

“Essa baixa pode refletir os resultados das ações de prevenção e fiscalização, mas os números elevados indicam que a vegetação nativa segue sendo destruída em ritmo preocupante e reforçam a necessidade de intensificar essas medidas”, explica a pesquisadora do Imazon, Larissa Amorim.

Estados mais afetados pelo desmatamento

O estudo também indicou que os estados que mais tiveram áreas desmatadas em junho deste ano foram:

  • Amazonas: 28% do total de desmatamento registrado;
  • Mato Grosso: 26%;
  • Pará: 25%.

Esses três estados juntos responderam por 79% do desmatamento identificado na Amazônia em junho, o que enfatiza a necessidade de um olhar mais atento sobre as áreas mais afetadas.

A importância de monitoramento e fiscalização

O Imazon alerta que a situação do desmatamento na Amazônia é preocupante, especialmente em áreas protegidas, que deveriam servir como refúgio para a biodiversidade local. A proteção destas áreas é essencial para garantir não apenas a sobrevivência de inúmeras espécies, mas também a saúde do planeta como um todo.

As ações de monitoramento e fiscalização são vistas como fundamentais na luta contra o desmatamento. A necessidade de intensificar tais medidas em áreas onde a devastação tem sido mais acentuada é cada vez mais evidente. A pesquisadora Larissa Amorim destaca que “a fiscalização mais rigorosa pode ser a chave para reverter esses números preocupantes”.

O papel da sociedade e do governo

O cenário de desmatamento na Amazônia não diz respeito apenas a esse bioma, mas possui implicações diretas em questões climáticas globais. Portanto, a luta contra a destruição florestal deve envolver não só as autoridades competentes, mas também a sociedade civil. A conscientização sobre a importância da preservação da Amazônia é vital para mobilizar esforços que visem proteger o patrimônio natural da geração atual e das futuras.

A sociedade civil, através de organizações não governamentais e iniciativas coletivas, tem se mostrado uma peça fundamental em ações de defesa ambiental. Projetos de reflorestamento, de educação ambiental e ações de advocacy são algumas das estratégias que têm sido adotadas por grupos em todo o Brasil, mostrando que a participação ativa da população é crucial nesta luta.

Conclusão

Embora a queda de 18% no desmatamento em junho de 2024 seja uma notícia positiva, não podemos nos deixar enganar pela aparente melhoria. A contribuição contínua de todos os setores da sociedade, incluindo o governo, a iniciativa privada e comunidades locais, é essencial para assegurar que a Amazônia não apenas sobreviva, mas prospere. Medidas eficazes de monitoramento e fiscalização devem ser constantemente reforçadas, pois, como os dados mostram, mesmo pequenas vitórias podem ser ofuscadas por índices cumulativos alarmantes.

O futuro da Amazônia depende de nossas ações e escolhas hoje. A consciência ambiental, a proteção das áreas verdes e o respeito à biodiversidade devem ser prioridade para todos nós.

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