Na manhã desta quinta-feira (31), a Polícia Federal (PF) deu um passo decisivo na luta contra o tráfico de drogas e armas na Bahia, realizando a 2ª fase da “Operação Convictus”. A ação resultou na prisão de cinco indivíduos envolvidos em uma organização criminosa que, segundo as autoridades, movimentou mais de R$ 5 milhões em atividades ilícitas.
Operação Convictus e suas implicações
A “Operação Convictus” é o resultado de uma investigação que começou após a identificação de um narcotraficante que, inicialmente ligado a uma facção criminosa, passou a atuar de forma independente, vendendo drogas e armamentos para diferentes grupos. Embora a PF tenha optado por não divulgar o nome do principal suspeito, fontes locais indicam que se trata de Rodolfo Borges Barbosa de Souza, preso em setembro de 2024, na cidade de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Apesar de já estar sob custódia, ele recebeu um novo mandado de prisão, reforçando a gravidade de sua situação.
Rodolfo não é um desconhecido da polícia, já possuindo histórico criminal envolvendo estelionato e uso de documentação falsa. As investigações revelaram uma complexa rede de tráfico de drogas, que incluía substâncias como maconha do tipo skunk, cocaína e ecstasy, e uma demanda crescente por armamentos pesados.
Descobertas e medidas judiciais
Nesta nova fase da operação, a PF está cumprindo diversas medidas judiciais, incluindo:
- Oito mandados de prisão preventiva;
- Onze mandados de busca e apreensão;
- Sequestro de bens e bloqueio judicial de contas bancárias, envolvendo 69 CPFs e CNPJs;
- Bloqueio de veículos registrados em nome de suspeitos.
Durante as buscas, foram apreendidos dispositivos eletrônicos, valores em espécie superiores a R$ 5 mil, além de documentos que comprovam a propriedade de bens e veículos associados à organização criminosa.
O envolvimento com o tráfico de drogas e armas
A investigação da PF revela que a organização criminosa em questão adquiria grandes quantidades de drogas e planejava a compra de armamentos pesados, incluindo pistolas e fuzis, com o propósito de confrontos violentos entre facções rivais. Esse tipo de armamento é especialmente preocupante por seu potencial de alimentar a escalada da violência nas ruas da Bahia, que já enfrenta graves problemas relacionados ao crime organizado.
Além disso, foi identificado um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro, que envolvia empresas de fachada e contas bancárias de terceiros. O uso de veículos de luxo e lojas de automóveis para encobrir os lucros gerados pelas atividades ilegais mostra a complexidade da operação. A PF declarou que essa estratégia facilita a dissimulação dos resultados financeiros obtidos através do tráfico e da venda de armas.
Parcerias nas investigações
A operação contou com a colaboração do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e da Polícia Militar da Bahia. A interação entre essas forças é fundamental para a efetividade das ações contra organizações criminosas que se aproveitam da vulnerabilidade social e econômica da região para expandir seus negócios ilícitos.
Com o progresso da “Operação Convictus”, as autoridades afirmam que a luta contra o tráfico de drogas e a criminalidade organizada está longe de terminar. A ênfase em desmantelar essas redes criminosas e em recuperar bens obtidos de forma ilícita continua em alta, e a sociedade civil é incentivada a colaborar com denúncias que ajudem na identificação de atividades suspeitas.
A Polícia Federal reforça a importância do empenho coletivo na luta contra o crime, que não é somente uma responsabilidade do Estado, mas também da comunidade como um todo. A expectativa é de que as investigações da “Operação Convictus” tragam novas descobertas e ajudem a prevenir futuros crimes que, infelizmente, afetam tantas vidas.
Para mais informações sobre o caso, você pode acessar o [link da matéria completa](https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2025/07/31/operacao-da-pf-na-bahia.ghtml).