Brasil, 1 de agosto de 2025
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O “bebê mais velho do mundo” nasce de embrião congelado há 30 anos

Thaddeus Daniel Pierce, o “bebê mais velho do mundo”, nasceu em Ohio a partir de um embrião congelado em 1994.

Thaddeus Daniel Pierce, considerado o “bebê mais velho do mundo”, chegou ao mundo no dia 26 de julho, em Ohio, fruto de um embrião congelado há mais de três décadas. O casal Lindsey e Tim Pierce adotou o embrião no ano passado, sem imaginar que poderiam quebrar recordes. “Nós não entramos nisso pensando em quebrar nenhum recorde”, disse Lindsey. “Nós só queríamos ter um bebê.”

A história de Thaddeus e o recorde impressionante

O embrião de Thaddeus foi congelado em 1994, ano em que nem Lindsey nem Tim haviam começado a escola primária. Essa nova história de vida fez com que Thaddeus ganhasse um título inédito: o anterior recorde era de um casal de gêmeos nascidos em Oregon em 2022, criados a partir de embriões congelados há 30 anos.

A origem do embrião de Thaddeus remete a uma fertilização in vitro realizada na década de 1990 por Linda Archerd e seu então marido, que enfrentaram dificuldades para conceber. Dessa tentativa resultaram quatro embriões, dos quais um foi implantado com sucesso, culminando no nascimento de uma filha, que hoje tem 30 anos e é mãe de uma menina de 10 anos.

Os outros três embriões, incluindo o de Thaddeus, foram mantidos em armazenamento a longo prazo. “Sempre quis outro bebê desesperadamente”, disse Archerd, que agora tem 62 anos. “Eu chamava-os de minhas três pequenas esperanças.”

O significado da adoção de embriões

Estima-se que milhões — talvez até dezenas de milhões — de embriões estejam guardados em freezers ao redor do mundo devido ao excesso gerado por procedimentos de fertilização in vitro, que frequentemente produzem mais embriões do que podem ser implantados. Após o divórcio, Archerd ficou com a custódia dos embriões e, após alguns anos, descobriu a adoção de embriões, uma forma de doação geralmente organizada por agências cristãs nos Estados Unidos.

Os embriões de Archerd foram designados para um programa especial, geralmente reservado para embriões considerados “difíceis de colocar”, devido ao longo período em que estavam armazenados ou por outros fatores que poderiam reduzir a probabilidade de uma gestação saudável.

Lindsey e Tim Pierce se inscreveram no mesmo programa e tinham tentado ter um bebê durante sete anos. “Tivemos um parto difícil, mas agora estamos bem”, contou Lindsey ao MIT Technology Review. “Ele é tão tranquilo. Estamos maravilhados por ter esse precioso bebê.”

Uma experiência transformadora

Archerd descreveu a experiência como profundamente emocionante, afirmando: “Tem sido surreal. É difícil de acreditar, de fato.” O médico que realizou a implantação do embrião, John Gordon, um endocrinologista reprodutivo, enfatizou a importância de dar oportunidades a todos os embriões.

“Temos princípios orientadores, que vêm da nossa fé. Cada embrião merece uma chance de vida, e o único embrião que não pode gerar um bebê saudável é aquele que não recebe a oportunidade de ser transferido para um paciente”, afirmou Gordon.

A evolução da fertilização in vitro

O primeiro nascimento bem-sucedido através da fertilização in vitro ocorreu em 1978, quando Louise Brown nasceu no Reino Unido, sinalizando um avanço significativo na medicina reprodutiva e abrindo caminho para milhões de nascimentos em todo o mundo.

Esta história não apenas destaca os avanços da medicina, mas também enfatiza a relevância da adoção de embriões, que oferece a esperança a muitos casais que enfrentam desafios para ter filhos. O caso de Thaddeus é um testemunho da resiliência e da continuidade da vida, mostrando que, mesmo depois de décadas, a esperança pode renascer.

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