Brasil, 31 de julho de 2025
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Novas revelações sobre os assassinatos na Universidade de Idaho e uma dúvida sem resposta

Documentos desclassificados revelam detalhes impactantes sobre o crime e o perfil do suspeito Bryan Kohberger, sem esclarecer seu motivo.

Em uma decisão inédita, a polícia de Moscow, Idaho, divulgou documentos que revelam fatos assustadores sobre o ataque brutal aos estudantes da Universidade de Idaho em novembro de 2022, além de detalhes sobre a investigação e o suspeito Bryan Kohberger.

Detalhes violentos do crime e comportamento do suspeito

Relatos indicam que as vítimas foram atacadas de forma extremamente violenta: Kaylee Goncalves foi desfigurada, enquanto Kernodle recebeu mais de 50 facadas, muitas delas defensivas, indicando que ela tentou reagir. Goncalves também sofreu lesões contusas, tornando seu rosto irreconhecível. Os corpos estavam cobertos de sangue e com ferimentos fatais, o que mostra a intensidade da violência.

A investigação apontou que Kohberger esteve perto do local pouco antes do crime, inclusive entrando na casa após uma entrega de DoorDash às 4h da manhã, quando percebeu uma mulher no banheiro que tentava se esconder das câmeras. Câmeras de segurança mostraram seu carro, uma Hyundai Elantra branca, estacionado próximo ao imóvel no mesmo horário.

As ações e comportamentos do suspeito

Testemunhas que tiveram contato com Kohberger antes e depois do crime o descrevem como uma pessoa inteligente, egoísta e obcecada. Ele justificou a seus interrogadores que soube do crime através de um alerta no celular, enquanto estudava para seu Ph.D. em criminologia e trabalhava com departamentos de polícia de Washington.

Durante a investigação, foi encontrado um carrinho com uma pá de jardim, cujo solo apresentava características similares às do solo da região de Moscow, indicativo de uma possível ligação com a cena do crime. Além disso, Kohberger tinha um histórico problemático com mulheres, incluindo comportamentos parantosos e contatos inadequados com estudantes na universidade.

Suspeitas, buscas e pistas tecnológicas

Autoridades fizeram solicitações massivas a empresas de tecnologia, incluindo Google, Tinder, Reddit e TikTok, buscando informações sobre buscas suspeitas, mensagens e localização dos dispositivos na área do imóvel. Termos relacionados às investigações, como “Moscou assassinatos” e “lutar com sangue”, foram entre os dados requisitados.

Em seu primeiro contato com a polícia após a prisão, Kohberger afirmou que sabia do crime por um alerta no telefone e revelou detalhes de sua rotina na universidade. A análise de soil do lugar onde foi encontrada a pá confirmou que ela tinha origem na região de Moscow, reforçando sua ligação indireta ao local.

Histórico do suspeito e hipóteses ainda não confirmadas

Interações de Kohberger na universidade indicam comportamentos obsessivos e relações problemáticas com mulheres, além de ferimentos considerados por colegas como marcas de acidentes ou de uma rotina obsessiva, como higiene excessiva. Entre os relatos, há menções a discursos de abuso de poder com estudantes e desejos de relacionamento, o que reforça seu perfil complexo.

No entanto, uma questão fundamental permanece sem resposta: qual foi o motivo para Kohberger escolher aquela casa em particular? A polícia admite a ausência de conexão direta entre suspeito e vítimas, além de não haver evidências de que ele tenha tido algum contato ou propósito específico com as pessoas assassinadas.

Questionamentos sem respostas e o que se espera

Apesar dos avanços na investigação, as autoridades ainda não conseguiram determinar o motivo exato do crime. A hipótese mais aceita até agora é que Kohberger agiu de forma impulsiva ou motivada por algum impulso obsessivo, mas tudo permanece no campo da especulação. A ausência de conexão social clara e o fato de Kohberger ter preservado os sobreviventes despertam dúvidas sobre sua motivação real.

“Só ele pode responder por que escolheu aquela casa”, afirmou o chefe de polícia James Fry, deixando a questão em aberto, enquanto a busca por respostas continua.

Este artigo se baseia em informações do HuffPost e nos documentos recentemente desclassificados pela polícia de Moscow, que continuam a provocar debates e especulações sobre o caso, até seu desfecho definitivo.

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