Brasil, 1 de agosto de 2025
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Mulher é sequestrada e agredida por cinco dias pelo ex

A mulher, mãe de três filhas, relata ameaças de morte e agressões em caso chocante em Taubaté.

Uma mulher de 30 anos, que preferiu não se identificar, foi sequestrada e agredida por cinco dias por seu ex-namorado em um caso que chocou a região de Taubaté, em São Paulo. Durante o cativeiro, ela sofreu agressões físicas, sexuais e emocionais, além de ter sido ameaçada de morte diversas vezes. A situação, que só teve um desfecho após a prisão do agressor nesta quarta-feira (30), revela a gravidade e os riscos da violência doméstica.

Detalhes do sequestro

A vítima, residente em Caçapava e esteticista de profissão, estava desaparecida desde a última sexta-feira (25). Seu sumiço foi notado por clientes que aguardavam atendimentos agendados e não conseguiam contato com ela. A mulher relatou que, durante o sequestro, implorou para que o ex a deixasse viva para cuidar de suas três filhas. Ela contou: “Eu só falava para ele: ‘por favor, me deixa criar minhas filhas’. Mas ele dizia: ‘não, eu vou te matar, eu não vou ter mais vida e você também não vai ter’.”

Ciclo de violência

Segundo informações de amigas e familiares, o relacionamento havia terminado no início do mês, o que o suspeito não aceitou. Durante o período em que ficou em cárcere, a mulher foi brutalmente agredida. “Bateu muito do lado esquerdo. Me deu muito soco do lado esquerdo. Eu estava me protegendo com os braços, por isso que está tão roxo. Mas teve uma hora que eu me descuidei e ele entrou com um murro de cima para baixo, que cortou a minha boca inteira”, afirmou a vítima em entrevista à Rede Vanguarda.

Além das agressões, o agressor usou o celular da mulher para extorquir dinheiro de sua família, se passando por ela. A possibilidade de ter suas filhas em perigo durante aqueles cinco dias atormentava ainda mais a vítima. Uma amiga, Jhully Martins, comentou sobre a situação: “Ela tem três filhas pequenas. É muito trabalhadora e depende disso, mas está há cinco dias sem trabalhar, em cárcere privado, sem saber onde estava, sem saber como as filhas estavam.”

Resgate e assistência médica

Após cinco dias de horror, a mulher foi resgatada e encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central, onde recebeu atendimento médico por conta das agressões sofridas. O ato violento destaca a importância de prestar atenção aos sinais de abuso e violência nos relacionamentos e a necessidade de ações mais efetivas para a prevenção desse tipo de crime.

Reflexão sobre violência doméstica

Este caso serve como um lembrete sombrio sobre a realidade do ciclo de violência doméstica que muitas mulheres enfrentam. Estima-se que a violência contra a mulher seja um problema amplo e multifacetado, que exige a intervenção não só das autoridades, mas também da sociedade como um todo. Enquanto existe um grande esforço para aumentar a conscientização e melhorar os serviços de apoio a vítimas, ainda é necessário mais diálogo, compreensão e ação. É essencial que mulheres como essa esteticista saibam que não estão sozinhas e que há recursos e apoio disponíveis.

Enquanto a polícia investiga o caso e o suspeito permanece sob custódia, a luta da vítima é também uma batalha coletiva contra o silêncio e a impunidade que cercam muitos casos de violência contra a mulher. O reconhecimento da gravidade desses atos, a busca por soluções e a ampliação de políticas públicas são passos que podem ajudar a proteger as mulheres e a garantir um ambiente seguro e respeitoso para todos.

Esta história trágica é um chamado à ação, uma necessidade urgente de proteção e apoio para todas as vítimas de violência, com a esperança de que casos como esse não se tornem rotina na vida de mulheres em todo o Brasil.

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