Brasil, 31 de julho de 2025
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Mulher afirma ter conhecido Bryan Kohberger no Tinder antes dos crimes

Experiência de uma mulher com o suspeito, antes do ataque na Universidade de Idaho, revela conversas perturbadoras e sua decisão de cortar contato

Uma mulher relatou às autoridades que, nas semanas anteriores ao assassinato de quatro estudantes na Universidade de Idaho, ela havia combinado um encontro com Bryan Kohberger, após identificá-lo como estudante de criminologia na Washington State University, a aproximadamente oito milhas do local do crime. Segundo documentos recém-divulgados, ela decidiu interromper o contato após conversas que a deixaram desconfortável, principalmente por causa de questões relacionadas a homicídios.

Detalhes da conversa e informações sobre Kohberger

De acordo com o relatório policial, a mulher afirmou que Kohberger se apresentou como estudante de criminologia na Washington State University. Eles discutiram, inclusive, a possibilidade de se encontrarem durante o período de recesso natalino, quando ele voltaria para casa. As conversas entre os dois incluíram tópicos sobre homicídios anteriores na cidade dela, além de filmes de terror favoritos, como os da franquia Halloween de Rob Zombie.

Ela também revelou que Kohberger perguntou qual seria a pior forma de morrer, e ela respondeu que uma faca. Foi então que ele questionou: “Como uma Ka-Bar?”, uma faca de combate de grande porte. A mulher admitiu que não conhecia o que era uma Ka-Bar e precisou pesquisar a arma online, o que a deixou com receio. Ela decidiu então encerrar a comunicação, pois os questionamentos de Kohberger a fizeram sentir-se desconfortável.

Reconhecimento e contato com as autoridades

Somente após a prisão de Kohberger, a mulher reconheceu a sua foto e lembrou-se de uma conversa que teve com ele sobre a faca Ka-Bar. Então, ela chamou a polícia, que verificou a troca de mensagens e comprovou que ela havia expandido sua busca na Tinder, pagando pela ampliação do raio de pesquisa, na tentativa de encontrar alguém na sua área.

O relatório policial também aponta que Kohberger viajou para a Pensilvânia, onde foi preso no Natal, após passar a temporada na casa dos pais. A mulher, cujo nome foi omitido na documentação, tentou verificar registros do aplicativo, mas a Tinder informou que não havia registros associados às informações fornecidas por ela.

Conexões com o caso e impactos

As conversas detalhadas entre Kohberger e a mulher estão entre os elementos do inquérito divulgado nesta semana pelo Departamento de Polícia de Moscou, Idaho, após a condenação do suspeito a quatro penas de prisão perpétua pelos homicídios de Kaylee Goncalves, Ethan Chapin, Xana Kernodle e Madison Mogen, em novembro de 2022. Kohberger foi considerado responsável pelos crimes após uma investigação que incluiu análises de DNA e evidências físicas, como a faca Ka-Bar encontrada ao lado de uma das vítimas.

Especialistas ressaltam que o caso revela aspectos preocupantes sobre o perfil do criminoso e a importância de denúncias anônimas em investigações complexas como essa. “A conexão que essa mulher fez com Kohberger e suas conversas demonstram como as redes sociais podem, às vezes, expor vulnerabilidades de quem se comunica com criminosos”, analisa o especialista em segurança online, Marco Silva.

Perspectivas futuras

As autoridades continuam investigando possíveis contatos de Kohberger nas redes sociais e aplicativos de relacionamento, buscando entender se houve mais interações similares. A polícia reforça a importância de denúncias e de cautela ao conversar com estranhos na internet, sobretudo quando há indícios de comportamentos suspeitos ou perturbadores.

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