Brasil, 1 de agosto de 2025
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Montadoras apoiam aumento gradual na tarifa de importação de veículos elétricos

Governo antecipa aumento para 2027 na alíquota de importação de veículos desmontados, atraindo apoio de montadoras no Brasil

As montadoras sediadas no Brasil apoiaram a decisão do governo de antecipar para janeiro de 2027 o aumento da alíquota de importação de veículos elétricos e híbridos desmontados para 35%, em substituição à previsão original para 2028. A medida faz parte de uma estratégia de favorecer a instalação de fábricas no país e fortalecer a cadeia produtiva nacional.

Reação das montadoras e disputa pelo mercado brasileiro

As montadoras, incluindo Toyota, General Motors, Volkswagen e Stellantis, alegaram que o avanço na tarifa representaria uma competição mais justa e segurança para seus investimentos. O apoio ao ajuste foi confirmado pelo presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Igor Calvet, que destacou que a decisão é o “máximo aceitável” sem comprometer investimentos atuais e futuros.

Segundo o governo, o aumento gradual visa também equilibrar a disputa com a fabricante chinesa BYD, líder em veículos elétricos no Brasil, que vem crescendo rapidamente com novas fábricas no país, como em Camaçari (BA).

Decisão parcial e medidas de importação

Nessa semana, o Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu aplicar cotas adicionais de importação com alíquota zero para veículos desmontados (CKD) e semidesmontados (SKD) por seis meses, no limite de US$ 463 milhões. Essa estratégia visa apoiar o desenvolvimento da cadeia produtiva doméstica e ampliar as tecnologias disponíveis para o consumidor brasileiro.

Apesar do avanço na tarifa, o governo não atendeu integralmente ao pedido da BYD de reduzir a alíquota enquanto conclui a construção de sua fábrica em Camaçari. A companhia chinesa argumenta que não faz sentido pagar a mesma tarifa de veículos prontos que de carros desmontados.

Contexto da disputa de mercado

O movimento ocorre em meio a uma disputa crescente entre fabricantes tradicionais e novas entradas, especialmente a BYD, que aposta na expansão acelerada com preços competitivos e fábricas em construção. Em carta de junho, essas montadoras solicitaram ao presidente Lula a limitação das importações para evitar prejuízos ao setor, enquanto a BYD denunciou estar sofrendo chantagem por parte das concorrentes.

“Agora, chega uma empresa chinesa que acelera fábrica, baixa preço e coloca carro elétrico na garagem da classe média, e os dinossauros surtam”, afirmou a BYD.

Impactos da política tarifária e planos futuros

Desde 2023, veículos elétricos e híbridos importados não pagavam tarifas, enquanto carros a combustão chegavam com uma tarifa de 35%. O governo adotou uma estratégia de transição que eleva gradualmente essa tarifa, até alcançar 35% em 2028, incentivando a instalação de fábricas no Brasil, como as da GWM em Indianópolis (SP) e da própria BYD em Camaçari.

Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, afirmou que a política vem gerando resultados positivos, com novas fábricas e empregos sendo criados no país. “Estamos fortalecendo a cadeia automotiva nacional e trazendo inovação tecnológica para o mercado”, destacou.

A decisão de antecipar a alíquota para 2027 demonstra uma tentativa de equilibrar interesses e incentivar a competitividade, sem prejudicar os investimentos já estabelecidos no Brasil.

Para mais informações, acesse o artigo completo na Agência Brasil.

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