Brasil, 1 de agosto de 2025
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Mesmo com juros altos, Brasil registra queda no desemprego e alta no emprego

Dados do IBGE apontam redução de 1,2 ponto percentual na taxa de desemprego, mesmo com juros de 15%, e indicam força do mercado de trabalho brasileiro

O Brasil apresentou uma surpreendente melhora no mercado de trabalho mesmo após aumento da taxa de juros para 15%, com uma redução de 1,2 ponto percentual na taxa de desemprego entre abril e junho, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo IBGE. A pesquisa mostra que há 1,3 milhão de brasileiros a menos desempregados e 1,8 milhão de pessoas a mais empregadas em comparação com o início do ano.

Sorpreendente resiliência do mercado de trabalho diante dos juros elevados

Apesar do cenário de juros reais de 10%, a expectativa de que o aumento dos juros pudesse elevar o desemprego não se confirmou. Os números demonstram que, mesmo com a política de juros elevados para conter a inflação, o mercado de trabalho mantém sua força, com crescimento do emprego e queda do desemprego. Economistas relatam que a inflação está desacelerando e as projeções de corte nos juros, mesmo assim, o mercado permanece aquecido. Bancos e consultorias preveem redução de juros ainda este ano.

Avanço na redução da população desalentada

Outro dado positivo apresentado pelo IBGE foi a diminuição do número de desalentados, que são aqueles que desistiram de procurar emprego por perda de esperança. A quantidade de brasileiros nessa condição caiu 13,7% em relação ao trimestre anterior, somando uma redução de 436 mil pessoas para um total de 2,8 milhões. No acumulado do ano, essa redução foi de 14%, indicando melhora na confiança dos trabalhadores no mercado.

Desafios persistentes no mercado de trabalho brasileiro

Embora os números sejam positivos, ainda há problemas consideráveis. A alta taxa de informalidade, que atinge 37,8%, representa uma preocupação, pois esses trabalhadores, embora flexíveis, não contribuem para a previdência nem poupam para o futuro, podendo gerar dificuldades mais adiante. Mesmo com o cenário atual, o mercado de trabalho brasileiro permanece com desequilíbrios significativos.

Perspectivas futuras e ações governamentais

O governo anunciou a preparação de um plano de contingência para proteger empregos e evitar retrações. O ministro do Trabalho, Haddad, afirmou que o plano será lançado nos próximos dias. Além disso, o chanceler Mauro Vieira manteve o diálogo com os Estados Unidos, após o decreto de tarifas sobre o país, reforçando que o judiciário brasileiro não se curvará a pressões externas, em uma primeira reunião com o secretário de Relações Exteriores da Casa Branca desde a posse de Trump.

Impacto das tarifas e instabilidade econômica

Por outro lado, o aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos às exportações brasileiras pode afetar negativamente o mercado de trabalho, ao prejudicar setores dependentes das exportações e gerar incertezas para os empresários, que adiam investimentos e planos de expansão. A instabilidade estimulada pelo tiroteio tarifário do governo Trump, apoiado por parte da direita brasileira, permanece como fator de risco para o crescimento econômico e o emprego.

Para saber mais detalhes, acesse a matéria completa.

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