Em um momento de intensificação do conflito no Oriente Médio, a deputada americana Marjorie Taylor Greene (R-GA) tornou-se a primeira representante do Partido Republicano no Congresso a qualificar a agravante crise humanitária em Gaza como um “genocídio”. A declaração ocorreu nesta segunda-feira, após comentários de Donald Trump reconhecendo a fome crescente na região e a complexidade da situação local.
Greene declara crise em Gaza como genocídio
Na rede social X, anteriormente Twitter, Greene afirmou que o que ocorre em Gaza é uma forma de genocídio, além de criticar as ações de Israel e a cobertura da mídia internacional. “It’s the most truthful and easiest thing to say that Oct 7th in Israel was horrific and all hostages must be returned, but so is the genocide, humanitarian crisis, and starvation happening in Gaza,” escreveu.
A congressista também repercutiu uma declaração de Trump, que admitiu a gravidade da fome em Gaza durante visita à Escócia. Segundo ela, a fala de Trump é uma denúncia válida diante da realidade de crianças famintas, enquanto Israel nega que civis estejam morrendo de fome, alegando que o grupo Hamas está manipulando a assistência humanitária.
Críticas e controvérsia
Greene, que anteriormente promoveu teorias antissemitas e fez acusações infundadas envolvendo a família Rothschild e incêndios na Califórnia, reforçou seu posicionamento ao acusar aliados como o deputado Randy Fine (R-FL) de apoiar a deterioração da situação. “Quando um representante apoia o sofrimento de civis inocentes, isso é um disgrace”, afirmou.
A declaração de Greene ocorre num momento delicado, em que imagens de crianças desnutridas e falecidas têm circulado mundialmente, aumentando a pressão internacional por uma solução humanitária. Recentes denúncias sugerem que o bloqueio imposto por Israel dificulta o caminho de ajuda ao povo palestino, embora o governo israelense negue que civis estejam morrendo de fome.
Reações e posições internacionais
Enquanto Netanyahu insiste que a escassez de alimentos não atinge civis, fontes como a The New York Times indicam que há evidências de uso de alimentos como arma de guerra por parte do Hamas. Trump, que também assistiu às reportagens, afirmou que não está completamente seguro das declarações de Netanyahu, porém afirmou que as crianças em Gaza “parecem famintas”.
O aumento do ativismo internacional e a intervenção de figuras políticas como Greene evidenciam a polarização existente sobre o conflito, que já resultou em múltiplas perdas humanas e agravamento da crise humanitária na região.
Perspectivas futuras
Especialistas indicam que a classificação do conflito como genocídio pode impactar o discurso diplomático e alimentar um debate mais intenso sobre responsabilidade, assistência humanitária e as ações militares em Gaza. A comunidade internacional acompanha com preocupação a evolução dos acontecimentos e as possíveis implicações políticas e humanitárias.