Brasil, 1 de agosto de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Lula sanciona lei que proíbe uso de animais em testes de cosméticos

A nova lei proíbe a utilização de animais em testes de produtos de higiene pessoal e cosméticos no Brasil.

Em um passo significativo para a proteção dos direitos dos animais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei que proíbe a utilização de animais em testes de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. A sanção aconteceu na quarta-feira, 30 de julho, durante uma cerimônia no Palácio do Planalto, e o ato foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) nesta quinta-feira, 31 de julho.

A proibição de testes em animais

A nova lei estabelece que será “vedada a utilização de animais vertebrados vivos” para testes relacionados a cosméticos, que incluem avaliações de segurança, eficácia e perigosidade dos produtos. Essa medida reflete uma crescente preocupação com o bem-estar animal e foi bem recebida por diversas organizações e ativistas que lutam por uma legislação mais rigorosa nesse sentido.

Um trâmite que levou tempo

Com uma proposta em tramitação no Congresso Nacional desde 2013, a nova lei finalmente encontrou sua aprovação. O trâmite pelos corredores do poder legislativo foi longo e repleto de debates, mas, ao final, a Câmara dos Deputados aprovou a norma no início deste mês, culminando na sanção presidencial. Essa sanção é vista como um triunfo para muitos que defendem a ética no uso de animais na indústria de consumo.

O impacto da lei na indústria de cosméticos

Com a nova legislação, as empresas de cosméticos terão que se adaptar rapidamente. A lei permite a comercialização de produtos que foram testados em animais antes da data de entrada em vigor, mas com ressalvas. As empresas não poderão usar rótulos como “não testado em animais” ou “livre de crueldade” caso tenham realizado teste conforme exigências regulamentares nacionais ou internacionais que não sejam específicas para cosméticos.

Reação do setor e defensores dos animais

Os defensores dos animais comemoraram a sanção dessa lei, considerando-a um passo importante para a proteção dos direitos dos animais. No entanto, líderes do setor de cosméticos e higiene pessoal expressaram preocupações. A indústria, embora aplaudindo a iniciativa, teme que o viés de mercado possa ser afetado, especialmente frente a consumidores que buscam produtos éticos e sustentáveis. “Estamos vendo movimento global a favor da não-testagem em animais, e o Brasil não poderia ficar para trás”, disse um representante da indústria.

Exceções e regulamentações futuras

Vale destacar que a lei prevê uma exceção: se testes em animais forem exigidos por regulamentação nacional ou estrangeira, mesmo que não se relacionem diretamente à área de cosméticos, as empresas terão que cumprir as determinações. Com isso, o desafio será entender como as diferenças nas regulamentações de outros países poderão impactar a comercialização e produção nacional.

O futuro do uso de animais em pesquisas

Além de proporcionar uma mudança imediata na forma como cosméticos e produtos de higiene pessoal são testados, essa lei pode abrir caminho para uma discussão mais ampla sobre a utilização de animais em outras áreas de pesquisa. O aumento na busca por alternativas humanas que não dependam de animais poderia beneficiar a comunidade científica, ao mesmo tempo em que promove uma ética mais robusta no uso de seres vivos para a pesquisa e testes.

Com a aprovação e sanção desta lei, o Brasil se junta a uma crescente lista de países que estão implementando restrições ao uso de animais em testes. O avanço de uma legislação como essa é um sinal de que as pautas de direitos animais estão ganhando uma nova força na sociedade moderna, refletindo uma nova ética em relação à convivência entre humanos e animais.

Essa mudança poderá influenciar a forma como a pesquisa e o desenvolvimento na indústria de cosméticos se desenrola nos próximos anos, com um foco maior em inovação e ética. A sociedade espera agora ver como as empresas irão se adaptar a esta nova realidade, buscando alternativas que respeitem a vida e o bem-estar dos animais.

A nova lei representa uma evolução crucial nas práticas da indústria de cosméticos no Brasil, e continua a inspirar destinos semelhantes até o horizonte onde o uso de animais em testes possa se tornar uma prática do passado.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes