O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta quinta-feira que o Brasil não divulgará um pacote de medidas em resposta às tarifas impostas pelos Estados Unidos, mas sim ações pontuais direcionadas aos setores mais afetados. A decisão foi tomada após reunião com ministros no Palácio do Planalto, com base no andamento das negociações com Washington.
Visão do governo sobre as negociações com os EUA
Segundo integrantes do governo, o Brasil já entrou na segunda fase das tratativas e busca novas exceções e flexibilizações à tarifa tarifada por Donald Trump. O entendimento é de que há espaço para concessões americanas, especialmente após o comportamento do governo dos EUA na China, onde têm ocorrido negociações similares.
Reunião no Palácio do Planalto e participantes
A reunião contou com a presença dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e Alexandre Padilha (Saúde). Além disso, o secretário-executivo do Ministério da Indústria, Márcio Elias Rosa, representou o ministro responsável pelas negociações, Geraldo Alckmin.
Estratégia de comunicação e próximos passos
O governo pretende divulgar as medidas de forma gradual nos próximos dias, baseando-se nos entendimentos das conversas da equipe liderada por Alckmin com empresários. A prioridade máxima é preservar empregos nos setores afetados pelo tarifão, consideradas ações de impacto econômico considerável.
Impacto no planejamento de medidas de contingência
O plano de contingência do Brasil, que vinha sendo preparado, foi revisto diante do cenário criado pelo tarifão. Segundo interlocutores, novas concessões podem ser abertas, dependendo do andamento das negociações, que ainda estão em estágio de intercâmbio de propostas.
Posição do presidente Lula e impactos políticos
Durante a reunião, Lula questionou sobre os efeitos do tarifão na economia e buscou informações sobre as medidas que podem ser adotadas para mitigar seus efeitos. O presidente reforçou a posição de que a justificativa política do tarifão é inaceitável e declarou que as negociações devem acontecer em termos econômicos, sem confrontar as instituições ou a soberania brasileira.
Apesar da atenção às questões econômicas, não houve discussão sobre a inclusão do ministro Alexandre de Moraes na lista de sancionados pela chamada Lei Magnitsky. Lula reafirmou a estratégia de manter a negociação exclusivamente na esfera econômica, evitando conflitos políticos diretos nesta fase.
Para mais detalhes, acesse a fonte original.