Brasil, 1 de agosto de 2025
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Lagosta-boxeadora é flagrada em praia de Peruíbe, SP

Turista captura momento impressionante em que lagosta-boxeadora ataca; especialista explica as características desse crustáceo fascinante.

No litoral paulista, um encontro impressionante foi registrado por um turista na praia do Guaraú, em Peruíbe. O vídeo que mostra a “lagosta-boxeadora”, oficialmente conhecida como camarão-louva-a-deus-palhaço (Odontodactylus sp), rapidamente se tornou viral. A gravação, feita por Rafael Marchezetti Correia, mostra o exato momento em que o crustáceo ataca o turista, evidenciando sua força e agilidade. O animal chamou a atenção não apenas pela beldade, mas também por sua impressionante capacidade de ataque.

O que é a lagosta-boxeadora?

Os especialistas afirmam que a lagosta-boxeadora é um dos crustáceos mais fascinantes e poderosos do reino animal. De acordo com o biólogo marinho Eric Comin, essa espécie possui um golpe que pode atingir velocidades impressionantes de até 80 km/h, com força suficiente para quebrar a carapaça de um caranguejo ou até mesmo o vidro de um aquário. “Com uma pressão de 60 quilos por centímetro quadrado, ela é realmente uma força da natureza”, explica Comin.

Uma das características mais notáveis da lagosta-boxeadora é sua estrutura física única, que consiste em camadas de bioceânica (carbonato de cálcio amorfo) e biopolímero (quitina e proteínas). Essa composição permite que o crustáceo armazene e libere energia de maneira extremamente eficiente, resultando em golpes que são comparáveis aos de uma arma calibre 22. Comin destaca que “são capazes de desferir um dos mais rápidos e violentos golpes do reino animal”.

O encontro inusitado de Rafael Correia

O turista Rafael Correia, que registra seus passeios frequentemente, revelou que esta foi a primeira vez que viu uma lagosta-boxeadora. Ele partilhou sua experiência, onde filmou o crustáceo e, impulsivamente, decidiu interagir com ele. “Gente, olha só, isso aqui eu acho que é um lagostim ou uma lagosta”, disse Correia, antes de ser surpreendido com um golpe da lagosta. Felizmente, ele não se feriu e descreveu a experiência como incrível. “Foi um presente ter a chance de ver pessoalmente”, completou.

Após o episódio, Correia expressou que ficou em dúvida sobre a identificação do animal, pensando ser um camarão-pistola ou a lagosta-boxeadora. Para esclarecer suas dúvidas, ele buscou a ajuda de inteligência artificial e consultou uma amiga que estudou biologia.

Habitat e comportamento do crustáceo

Segundo o biólogo Comin, as lagostas-boxeadoras não são comuns nas praias, já que costumam habitar ambientes mais profundos, especialmente em oceanos abertos. “Não é uma coisa comum encontrá-los na praia, isso é bem difícil; ele [Correia] deu muita sorte de avistar este animal na areia”, afirma o especialista. De fato, observá-los em seu habitat natural é uma raridade, visto que os crustáceos são conhecidos pelos seus hábitos furtivos.

A segurança ao interagir com a lagosta-boxeadora

Apesar de fascinantes, as lagostas-boxeadoras podem causar ferimentos severos com suas garras. Por isso, Comin recomenda que as pessoas mantenham distância e apenas observem esses animais, sem tentar tocar ou manipular. “Eles podem ser inofensivos na visão, mas a força dos seus ataques é significativamente poderosa”, alerta.

A experiência de Rafael Correia destaca não só a beleza da biodiversidade marinha, mas também a importância da conscientização sobre a interação com a fauna. O avistamento desse crustáceo notável em Peruíbe serve como um lembrete da riqueza da vida marinha que vive nas águas do Brasil.

Para quem deseja saber mais sobre a fauna marinha, vídeos como o de Correia podem ser uma excelente forma de promover o aprendizado e a sensibilização sobre a preservação das espécies. A natureza nos presenteia com momentos únicos e é nosso dever respeitar e cuidar dela.

VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos

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