Nesta terça-feira (29/7), a influenciadora Priscila Ruas Pedreira, de 35 anos, foi detida por tentativa de furto no Shopping Paseo, localizado em Salvador, Bahia. Desde então, ela foi submetida a uma internação compulsória em uma clínica especializada. A situação gerou um debate em torno de sua saúde mental, conforme relatado por sua mãe, em entrevista nesta quarta-feira (30/7).
Problemas de saúde mental
De acordo com o relato da mãe, Priscila sofre de hipomania, uma condição relacionada ao transtorno bipolar. A hipomania é caracterizada por episódios de euforia, insônia e aumento da energia, levando a comportamentos impulsivos, como compulsão por compras. “É como se fosse uma adrenalina que a faz querer comprar tudo”, explicou a mãe, ressaltando que os atos da filha não são reflexos de mau caráter, mas sim de um distúrbio que precisa de tratamento.
No contexto da situação, a mãe de Priscila destacou que, se o problema fosse apenas um comportamento inadequado, ela apoiaria a prisão da filha. No entanto, a condição mental da influenciadora tornou a abordagem mais complexa, levantando questões sobre a responsabilidade legal e moral de indivíduos que enfrentam desordens psicológicas.
O que é hipomania?
A hipomania é um estado de humor caracterizado por elevacao dos níveis de energia e excitação. Embora possa parecer benéfica em alguns aspectos, como a criatividade e produtividade, pode, por outro lado, levar a decisões impulsivas e arriscadas. A relação entre a hipomania e o treinamento de compras exorbitantes é um exemplo claro de como uma condição de saúde mental pode afetar o comportamento diário.
Para aqueles que não estão familiarizados com transtornos bipolares, a hipomania pode ser confundida com simples entusiasmo ou felicidade excessiva, mas é, na verdade, uma condição que precisa de atenção profissional. O tratamento pode incluir terapia e medicação, que ajudam na regulação do humor e na prevenção de episódios extremos.
Impacto social e mediático
A situação de Priscila traz à tona a importância de discutir a saúde mental, especialmente entre pessoas com grande visibilidade nas redes sociais. Influenciadores têm um papel fundamental na formação de opinião e, portanto, sua luta pessoal pode ajudar a desestigmatizar o tratamento psicológico e encorajar outros a buscar ajuda.
A influência das redes sociais pode amplificar tanto os comportamentos positivos quanto negativos. Priscila, como influenciadora, tem seguidores que podem ser impactados por suas ações, o que intensifica a responsabilidade de abordar desafios de saúde mental abertamente.
O apoio da família
O apoio da família é crucial em situações como a de Priscila. Sua mãe manifestou preocupação com a saúde da filha e está determinada a apoiá-la nesse processo de recuperação. A internação compulsória, embora difícil, pode ser um passo necessário para que Priscila receba o tratamento que precisa.
“Ela precisa de ajuda, e a internação foi a medida que encontramos para que ela possa se tratar”, afirmou a mãe, enfatizando que a compreensão da situação é essencial para afastar estigmas e preconceitos que muitas vezes cercam pessoas que sofrem de doenças mentais.
A importância do diálogo sobre saúde mental
A história de Priscila evidencia também a relevância de ter um diálogo aberto sobre saúde mental na sociedade. Muitas pessoas ainda enfrentam tabus que dificultam a busca por tratamento e suporte, e é essencial criar um ambiente onde estas discussões possam ocorrer de maneira respeitosa e informativa.
Casos como o de Priscila servem como alerta para a necessidade de um olhar mais atento à saúde mental e a implementação de políticas públicas que promovam bem-estar psicológico. A avaliação da saúde mental deve ser considerada um direito de todos, assim como o acesso a cuidados adequados. O entendimento e a aceitação podem fazer toda a diferença nas vidas de muitos que enfrentam desafios semelhantes.
Para mais informações sobre a situação da influenciadora e sua internação, acesse a reportagem completa no Correio 24 Horas, parceiro do Metrópoles.
