Brasil, 1 de agosto de 2025
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Governo prepara plano de apoio à indústria diante do tarifazo dos EUA

Após tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos, o governo brasileiro trabalha em medidas para proteger setor industrial e empregos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (31/7) que as negociações com a Casa Branca para reverter as tarifas unilaterais de 50% contra produtos brasileiros continuam. Segundo ele, um plano de contingência será “calibrado” para apoiar a indústria e o emprego no Brasil.

Plano de contingência para enfrentamento às tarifas americanas

De acordo com Haddad, o governo federal está preparando ações para minimizar os efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos, que elevaram a tarifa nas exportações brasileiras. “Parte do nosso plano previsto vai ser apreciado para ser lançado nos próximos dias, de proteção à indústria brasileira, aos empregos e ao setor agro, quando for necessário”, declarou à imprensa na entrada do Ministério da Fazenda.

O ministro destacou que o presidente está empenhado em “fazer a calibragem adequada” para que as medidas possam ser implementadas de forma rápida. “Os atos já estão sendo preparados na Fazenda e encaminhados à Casa Civil. Nos próximos dias, teremos anúncios nesta direção”, afirmou.

Impacto do tarifazo e busca por maior integração comercial

Segundo Haddad, o comércio bilateral entre Brasil e Estados Unidos caiu de 25% para 12% nos últimos anos, e o tarifazo pode ampliar essa tendência de redução. “Ao invés de crescer, o comércio diminui. É preciso buscar mais integração, não menos. Essa atitude pode nos afastar ao invés de nos aproximar, e esse não é o caminho que queremos seguir”, reforçou.

O ministro reiterou que o Brasil possui uma economia grande e diversificada, que não pode ser vista como um “apêndice” de nenhuma outra potência, seja China, União Europeia ou Estados Unidos. “Precisamos de equilíbrio e autonomia na nossa política econômica”, discursou.

Andamento das negociações com os EUA

Haddad contou que a assessoria do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, entrou em contato para informar que uma segunda reunião está marcada. O primeiro encontro ocorreu na Califórnia, em maio, durante viagem oficial do ministro aos EUA.

Na ocasião, quando o presidente Donald Trump anunciou uma tarifa de 10% contra o Brasil, Bessent teria reconhecido à época que “taxar parceiros comerciais com balança deficitária é uma anomalia”, segundo relato de Haddad. A expectativa é de que o diálogo continue com o objetivo de buscar uma solução negociada para o impasse.

Perspectivas futuras e impactos

O esforço do governo brasileiro visa evitar a deterioração das relações comerciais e preservar os empregos no setor industrial. As próximas semanas serão decisivas para definir se haverá avanços nas negociações ou aprofundamento da tensão comercial com os EUA.

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