No dia 31 de julho, o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), fez um pronunciamento em vídeo onde se manifestou contra a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos a diversos produtos brasileiros, a qual classificou como “injustificável”. O aumento das tarifas, determinado pelo ex-presidente Donald Trump, traz à tona um desafio sérios para a economia cearense, exigindo ações urgentes e colaborativas tanto no nível estadual quanto federal.
As consequências das tarifas imposta pelos EUA
Em seu pronunciamento, Freitas destacou o impacto negativo que essa tarifa terá sobre os exportadores brasileiros e a economia do estado. “Por conta do absurdo e injustificável aumento das tarifas, informo que venho tratando pessoalmente da questão”, afirmou o governador. Essa declaração reflete a preocupação com a manutenção da competitividade dos produtos cearenses no mercado internacional, especialmente em um momento em que a recuperação econômica é essencial.
O governador, sempre ativo em suas redes sociais, utilizou essas plataformas para comunicar diretamente à população sobre os desafios que o estado enfrenta em decorrência das novas tarifas. Assim, ele reforçou a mensagem de que o governo está comprometido em proteger os interesses dos produtores locais, que vão desde o setor pesqueiro até a produção de castanha de caju e calçados.
Colaboração entre governos e ações emergenciais
Elmano de Freitas enfatizou que sua gestão está em constante diálogo com o governo federal. Ele mencionou que está em contato direto com o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin. O objetivo é promover um esforço conjunto para mitigar os efeitos das tarifas e garantir que a economia cearense não sofra impactos devastadores. “Farei tudo o que estiver ao meu alcance para que nossos produtores e nossa economia não sofram tantas consequências”, assegurou o governador.
Entre as medidas que Freitas pretende implementar, destaca-se a união de forças entre a Receita Federal, o Ibama e o Porto do Mucuripe. Essa colaboração visa facilitar o desembaraço das mercadorias enviadas para os EUA, antes da cobrança das novas tarifas, que entrarão em vigor em 6 de agosto. As ações visam garantir que os produtos cearenses possam ser exportados sem complicações adicionais que poderiam prejudicar a competitividade e a receita dos exportadores.
Ações específicas e setor produtivo
O governador também anunciou que, na mesma data em que fez seu pronunciamento, se reuniu com diferentes órgãos do governo estadual, incluindo a Casa Civil e a Secretaria da Fazenda (Sefaz), para discutir medidas emergenciais. Durante esse encontro, ficou decidido que ocorreriam reuniões individuais com os setores mais afetados pela nova tarifa, como pescados, água de coco, cera, couros e calçados. Tais ações buscam compreender melhor as necessidades de cada setor e oferecer o suporte necessário. “Neste momento difícil, estou ao lado das nossas empresas e dos nossos produtores, do maior ao mais humilde, para minimizar os impactos nos seus negócios e para que os empregos dos cearenses sejam preservados”, destacou Freitas.
Próximos passos e reuniões futuras
Freitas tem uma reunião marcada com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em Brasília, juntamente com representantes do setor produtivo do Ceará e do seu secretariado. Essa reunião tem como intuito discutir ações a serem tomadas para fortalecer o apoio ao empresariado cearense frente a essas dificuldades. A expectativa é que a reunião proporcione um espaço para o governo federal entender melhor a situação do Ceará e colaborar em ações que possam amenizar os impactos da tarifa.
O governador Elmano de Freitas demonstrou estar ciente da necessidade de agir rapidamente para proteger os interesses do estado do Ceará. Sua postura proativa em lidar com a situação é um reflexo do comprometimento em garantir que a economia local permaneça fortalecida mesmo diante de adversidades externas.
Com a aproximação da data em que as tarifas entrarão em vigor, as expectativas de todos os setores econômicos do Ceará estarão voltadas para as ações que serão concretizadas nas próximas semanas e a resposta do governo federal a essas demandas.
